Governo e oposição trocam acusações sobre aumento de gastos em plena crise financeira

Hoje em Dia
08/01/2016 às 07:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:56
 (Editoria de Arte)

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Ao menos no quesito troca de acusações, este ano não começou muito diferente de 2015. Mais uma vez, o governo de Minas Gerais e a oposição, liderada pelo PSDB, protagonizam um bate-boca de diferentes versões sobre temas da administração estadual. Ao contrário do ano passado, desta vez o pontapé inicial foi dado pelos oposicionistas, ao acusar Fernando Pimentel (PT) de aumentar ainda mais os gastos do governo em momento de dificuldade – o salário dos servidores atrasará até, ao menos, março.

Um dos pontos da discórdia é a despesa com publicidade. A oposição afirma que houve um aumento de R$ 40 milhões em 2014, para R$ 96 milhões no ano passado. “Esse governo é tão insensível que deixa de pagar servidor, mas aumenta o gasto em publicidade para enganar a população”, alega o líder do Bloco da Minoria, deputado Gustavo Valadares (PSDB).

Por sua vez, a equipe de Pimentel esclarece que esse aumento é relativo ao que estava previsto. Segundo o governo, a gestão de 2014 (PSDB e PP) desembolsou R$ 104 milhões em publicidade. Desse montante, R$ 24 milhões precisaram ser pagos pela administração atual. Assim, foi gasto menos no ano passado (R$ 102 milhões) do que em 2014, argumenta o governo.

Ainda segundo o governo Pimentel, esse foi o modus operandi em boa parte das gestões tucanas. De 2009 a 2014, os gastos previstos ficaram entre R$ 40 milhões e R$ 41 milhões. No entanto, com os créditos suplementares no decorrer dos anos, a despesa com publicidade girou entre R$ 76 milhões e R$ 116 milhões.

Outro questionamento é sobre o suposto aumento no valor dos postos comissionados com a criação de dois cargos, nos valores de R$ 9 mil e R$ 2 mil. O governo rebate dizendo que a mudança “teve como finalidade o aperfeiçoamento da estrutura administrativa do Estado, visando adequação dos instrumentos de gestão ao contexto da nova gestão de governo”.

A gestão atual garante que não gerou qualquer impacto financeiro. “Para as demais secretarias de Estado que já existiam, também não houve impacto financeiro”, já que a remuneração era idêntica.

A oposição ainda alega que Pimentel aprovou reajustes de algumas categorias do funcionalismo com o impacto aproximado de R$ 14 bilhões em cinco anos. A administração atual afirma que todas as modificações têm declaração de compatibilidade orçamentária e financeira.

Também foi questionada a criação de três pastas no início de 2015. O governo se defendeu afirmando que a reformulação não gerou impacto financeiro.

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