A dois dias do julgamento do mensalão, Romeu Queiroz só admite caixa dois

Patrícia Scofield - Do Hoje em Dia
31/07/2012 às 08:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:58
 (RICARDO BARBOSA/ALMG )

(RICARDO BARBOSA/ALMG )

A dois dias da data marcada para o julgamento do mensalão, o maior da história do Supremo Tribunal Federal (STF), os réus mineiros do núcleo político do esquema, o ex-deputado federal pelo PTB, Romeu Queiroz e o ex-ministro dos Transportes e atual prefeito de Uberaba, Anderson Adauto (PMDB), esperam que a análise seja “estritamente técnica”, baseada nas provas dos autos, sem conotação política.    Acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa, Queiroz, afirma que “está preocupado, mas não tanto, porque em momento algum recebeu recurso” para si próprio. “Eu fui apenas encarregado de indicar, como presidente do PTB em Minas, um deputado para ficar em contato com o presidente do PTB nacional, Roberto Jefferson”, conta. Queiroz é apontado como intermediário para angariar apoio entre parlamentares do PTB.    Em relação à estratégia de defesa, o ex-deputado diz que “vai apenas falar a verdade”. “No processo tem cópias de transferências feitas de recursos liberados pelo presidente da Usiminas para a SMP&B – empresa de Marcos Valério –, que seriam entregues ao PTB”, completa. Para ele, “caixa dois sempre funcionou, desde antigamente, mas as leis foram mudando”.    Procurado pela reportagem, outro réu do mensalão em Minas, o prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, preferiu não se pronunciar. “Isso já foi tão explorado politicamente que não falo mais do assunto. Agora isso só é tratado através do meu advogado”, limitou-se a comentar. Ele é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.    Advogado dele, Roberto Pagliuso vai alegar que “a denúncia de lavagem de dinheiro e de corrupção ativa não se confirmou no processo”. “Adauto espera que seja julgamento técnico no STF”, explica. 

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