O ministro da Agricultura, Antonio Andrade (PMDB) confirmou que até o dia 4 de abril deixa o governo federal. Na tarde desta sexta-feira (14), ele se reuniu com o ex-presidente Lula (PT) quando discutiu a formação de uma aliança de centro-esquerda entre PT e PMDB nas eleições em Minas. No encontro participaram ainda dirigentes partidários do PT, PCdoB e PRB e deputados estaduais.    Questionado sobre sua indicação como vice na chapa do pré-candidato ao governo de Minas, Fernando Pimentel (PT), Antonio Andrade ressaltou sua afinidade com o petista. "Vamos conversar um pouco sobre isso (reunião com Lula). Tenho uma simpatia muito grande por ele. Conversamos quase todos os dias e temos uma convivência muito grande. Até nos ministérios, sempre buscamos entendimento. Estamos juntos e é natural uma composição em Minas, já que somos oposição aqui e base da Dilma", declarou Andrade. Ele rechaçou qualquer possibilidade do partido conversar com o PSDB. "Não existe isso", conclui.   Mensalão tucano   Andrade não acredita que o julgamento do "mensalão tucano" possa interferir na campanha do PMDB. O senador Clésio Andrade (PMDB) é um dos réus na ação referente ao esquema que teria desviado R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB). "O Clésio é uma pessoa boa, a maior liderança dentro do partido. Conversamos sempre".    Quanto à tese da candidatura própria, ele confirmou que existe essa possibilidade e citou, além de Clesio Andrade, o nome do empresário Josué Gomes da Silva. "Ainda temos até junho apra discutir essas questões", declarou o ministro.

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