A análise sobre a acusação de formação de quadrilha no mensalão foi retomada nesta segunda-feira (22) pelo Supremo Tribunal Federal. A primeira a se manifestar foi a ministra Rosa Weber.
Na sexta passada, 11 dos 13 réus foram condenados pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, por formação de quadrilha; inocentando apenas Geiza Dias e Ayanna Tenório. Conforme Barbosa, "os réus, de forma livre e consciente, se associaram de maneira estável e com divisão de tarefas com o fim de praticar crimes contra a administração pública, o sistema financeiro nacional, além de lavagem de dinheiro", disse o relator.
No mesmo dia, o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, absolveu todos os 13 réus que respondiam pelo crime. Ele argumentou que nem toda associação que resulta em crime representa quadrilha.
A ministra Rosa Weber acompanhou integralmente o voto do revisor Ricardo Lewandowski e absolve todos os 13 réus, sendo eles José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, Marcos Valério, seus dois sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, seu advogado Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos, Geiza Dias, a dona do Banco Rural, Kátia Rabello, os ex-dirigentes José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório.
Rosa Weber foi acompanhada pela ministra Cármen Lúcia, que antecipando seu voto, tomou a mesma postura, masmo após a fala de Joaquim Barbosa, que voltou a mostrar-se inconformado com a escolha da corte em absolver os réus. "Eu não aceito essa exclusão sociológica, ela não tem base no nosso Código Penal", afirmou o relator com veemência.
Após a manifestação de Cármen Lúcia, Luiz Fux inicia seu voto. O miinistro assenta seu voto em doutrinas e na tipificação do crime de formação de quadrilha, dando a entender que irá acompanhar o relator Joaquim Barbosa. No momento o placar é de três votos para a absolvição contra apenas um pela condenação.
Atualizada às 15h37