Após ataques, militantes e líderes do PT em Minas pedem perícia

Giulia Mendes - Hoje em Dia*
06/03/2016 às 11:43.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:42
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Militantes e lideranças do PT se reuniram, na manhã deste domingo (6), para fazer uma limpeza e pintar a sede municipal do partido, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. O edifício foi atacado e depredado, na madrugada desse sábado (5), com tinta, farinha, óleo, ovos e lixo. O ato simbólico de hoje aconteceu em repúdio ao ataque, classificado pelos petistas como "terrorista".

Mais cedo, a Polícia Militar e a Polícia Civil estiveram no local para fazer perícia. Segundo o deputado estadual Rogério Correia (PT), um boletim de ocorrência coletivo foi feito e, agora, serão analisadas imagens de câmeras de segurança de prédios vizinhos ao do diretório, localizado na rua dos Timbiras, região Centro-Sul da capital. Testemunhas também serão ouvidas pela polícia.

De acordo com o deputado, cerca de 200 pessoas participaram do ato em frente à sede do partido em BH. Entre elas, o secretário estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e os vereadores Juninho Paim e Pedro Patrus. O secretário-geral do PT municipal, Geraldo Arco Verde, disse que o atentado ao prédio é resultado do clima que a oposição tem provocado no Brasil, especialmente em Minas. "São vândalos e terroristas encorajados pela intolerância estabelecida pela oposição", afirmou. "Este ato que fizemos hoje é um desagravo contra qualquer tipo de intolerância".

Entenda o caso

Um dia após operação da Polícia Federal na 24ª fase da Operação Lava Jato, a sede do Partido dos Trabalhadores (PT) foi atacada em Belo Horizonte, nesse sábado (5). Para o deputado Rogério Correia (PT), o ato pode ter sido fruto da radicalização do momento político do país. Ele repudia e classifica a ação como terrorista.

Segundo Correia, a sede foi atingida por tinta, óleo, farinha, ovo e lixo. E o PT pediu que a área fosse patrulhada para evitar invasões à sede.

Nessa sexta (4), a PF realizou operação no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva - também conhecido como Lulinha. Lula foi levado para o aeroporto de Congonhas (zona sul), onde prestou depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a depor).

Em sua manifestação mais contundente desde o início da Lava Jato, a força-tarefa do Ministério Público Federal afirmou em nota que Lula é "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras.

*Com Folhapress

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