(Samuel Costa)
Depois de praticamente definir o nome que irá concorrer ao governo de Minas Gerais, o PSDB começou a procurar partidos aliados para compor um “chapão”. A ideia é fazer frente ao tempo de propaganda na televisão e no rádio que terão os concorrentes. Os tucanos terão encontros, nos próximos dias, com lideranças do PR, DEM e PP. “Estamos agendando com o PR, DEM e PP, além de reuniões do conselho de presidentes de partidos”, confirmou o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro. Pestana disse também que o nome do candidato será definido apenas em abril do próximo ano, porém, nos bastidores, o senador Aécio Neves (PSDB) já teria escolhido o ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga, para encabeçar a chapa. “Ele é uma forte hipótese, mas agora não é a hora de definir”, desconversou. Nesta semana, o PSDB teve encontros com o PSD, legenda comandada nacionalmente pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A sigla também é sondada pelo PT. A ideia do PSDB é agregar o maior número de partidos possível para garantir maior tempo de televisão. O PP deve apresentar o nome do vice na chapa. Até o momento, o quadro mais cotado é o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro. Aliado do governador Antonio Anastasia, o vice-governador Alberto Pinto Coelho assumiria o Palácio Tiradentes por alguns meses e receberia, caso Pimenta saia vitorioso do pleito, a presidência de uma empresa forte, como a Cemig ou a Light. Seria uma forma de recompensá-lo por não ser o escolhido para a vaga de vice. Nas fileiras do DEM, há quem diga que a legenda também deseja o compromisso de assumir secretarias importantes para continuar no arco de alianças. Mesma oferta deve ser feita ao PR. A bancada estadual do PSDB recebeu Dinis e Pimenta para dar visibilidade à chapa e discutir a composição para 2014. Ainda não está decidido se os partidos comporão uma chapa única para a eleição proporcional. O assunto também está na mesa de negociação. Senado O PSDB tenta convencer o governador Anastasia a sair candidato ao Senado. Ele teria dito ao comando da legenda que não deseja concorrer. Porém, pressionado por aliados teria sinalizado, nos últimos dias, que aceitaria a empreitada. Com a sinalização, a vaga de suplente tornou-se motivo de cobiça, pois existe a possibilidade de que Anastasia não complete o eventual mandato de senador.