Assim como Dilma, Aécio diz que Marina pode ser uma 'aventura'

Folha Press
03/09/2014 às 16:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:04
 (PAULO LOPES/ESTADÃO CONTEÚDO)

(PAULO LOPES/ESTADÃO CONTEÚDO)

Em terceiro lugar nas pesquisas e ameaçado de ficar fora de um eventual segundo turno nas eleições, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, comparou nesta quarta-feira (3) suas principais oponentes e disse que, se eleita, Marina Silva (PSB) será, assim como Dilma Rousseff (PT), a "incerteza" de uma "aventura". Os termos são os mesmos usados na propaganda de rádio do PT para criticar a pessebista.    Segundo o tucano, o Brasil não aguenta mais uma nova aventura, uma incerteza no seu horizonte. "O Brasil viveu e paga um preço alto hoje pela inexperiência da atual presidente da República, que não tinha administrado nada ainda e assumiu o governo brasileiro. Qual o preço disso? Inflação saindo do controle, recessão técnica da economia, uma perda enorme de credibilidade do país. Uma nova aventura não faria bem ao interesse brasileiro", afirmou, em entrevista à rádio CBN.   Em propaganda eleitoral do PT, um narrador disse que o Brasil não queria "a incerteza de uma aventura, nem a volta ao passado", uma referência indireta a Marina e Aécio -cujo partido, o PSDB, governou o país de 1995 a 2002.    Na entrevista, Aécio também usou a ligação de Marina, no passado, ao PT, para criticar supostas "contradições" na agenda da candidata. "Eu sou oposição ao governo que está aí. Não sou oposição circunstancial, não virei oposição agora. Nunca participei de governo do PT, nunca fui filiado ao PT", afirmou.    Aécio disse que "a candidatura de Marina tem as suas virtudes", mas "traz um conjunto de contradições muito grande".    "Ela fez toda a sua história política no PT, como vereadora, como deputada estadual e como senadora por dois mandatos. Eu acho até que a evolução tem que ser saudada, mas a Marina que hoje defende a política econômica do PSDB é a Marina que lá atrás votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, se colocou contra o Plano Real".    O discurso vai ao encontro da estratégia do candidato em explorar "incoerências" e "contradições" na adversária durante o último mês de campanha. Aécio gravou, nesta terça-feira (2), comerciais de TV que repetem as críticas.    Ele também usou o termo "coerência" para desqualificar falas de Marina de que aproveitaria bons quadros "que estão no banco de reservas" de partidos como PT e PSDB.    "Não tenho dúvidas que tenho um projeto que traz consigo uma enorme coerência e um time muito qualificado para implantá-lo. Não estou olhando sobre a cerca no terreno do vizinho para encontrar quadros que possam me ajudar lá na frente", disse, e comparou: "Nós temos no nosso campo político uma seleção brasileira pronta para entrar em campo. E um país que tem uma seleção pronta para entrar em campo não pode se contentar em jogar com time de segunda ou terceira divisão".    Segundo a última pesquisa Datafolha, Marina e Dilma aparecem empatadas em primeiro lugar com 34% das intenções de votos. Aécio tem 15%.

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