Cachoeira se recusa a depor sobre fraude em bilhetagem

Vannildo Mendes
29/08/2012 às 15:57.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:51

Algemado com as mãos para trás, semblante tenso, o empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, chegou nesta quarta-feira (29) ao Fórum de Brasília para responder sobre a acusação de tentar fraudar uma licitação para controlar o sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público de Brasília. Mas logo no início do interrogatório, Cachoeira pediu para exercer o direito constitucional de permanecer calado, para não produzir provas contra ele. Diante da recusa em responder às perguntas, o juiz o liberou de prestar o depoimento e Cachoeira foi levado de volta ao presídio.

Em depoimento à CPI Mista do Cachoeira, o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), confirmou que assessores do seu governo sofreram pressões, mas resistiram e não houve desvio de dinheiro público. Sete réus, dois deles ainda presos preventivamente, respondem pela tentativa de fraude. Um deles é o ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, que também foi preso mas já está solto.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, acusado de chefiar uma quadrilha, desmantelada pela Operação Monte Carlo, suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de dinheiro público e exploração de jogos ilegais em Goiás e no entorno de Brasília.

A defesa do bicheiro pediu ao Supremo Tribunal Federal habeas corpus para que ele não fosse algemado, alegando que o cliente tem sofrido constrangimento ilegal, mas o pedido foi negado.
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