No horário eleitoral veiculado nesta quinta-feira (04), a presidente Dilma Rousseff (PT) e a adversária Marina Silva (PSB), as duas melhores colocadas na última pesquisa Datafolha, voltaram a trocar alfinetadas. 

Apesar de a ex-senadora iniciar sua propaganda dizendo que não quer desperdiçar seu tempo "com ataques e agressões, como fazem os adversários", Marina fez críticas sutis à presidente. "Quando nós dizemos que vamos destinar os recursos para que a saúde possa funcionar nós não nos intimidamos com aqueles que já querem tirar nossa esperança dizendo 'da onde vocês vão tirar o dinheiro?", diz a pessebista.

No último debate entre presidenciáveis, promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan, essa foi a primeira pergunta feita por Dilma a Marina. "Eu não ouvi ninguém dizer 'da onde vocês vão tirar o dinheiro' quando foram colocados R$ 500 milhões no BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para ser destinado a meia dúzia que a sociedade não decidiu que eles seriam agraciados", completa Marina.

Na propaganda petista, que nesta quinta foi dedicada ao tema da educação, uma apresentadora afirma que Dilma "garantiu por lei que 75% das riquezas que serão produzidas pelo pré-sal vão ser investidas obrigatoriamente em educação". Isso aconteceu após muito embate, pois o governo federal queria vincular um percentual menor.

"É assim que faz uma presidenta que entende e defende o Brasil", continua a apresentadora. "Muito diferente de certa candidata que não quer dar prioridade à exploração do pré-sal."

"Isso seria sacrificar o futuro da educação e o futuro do Brasil", conclui. Bordão semelhante foi repetido na propaganda de terça-feira (2). O PT quer usar o pré-sal como arma para minar o crescimento de Marina Silva. Dilma venderá a ideia de que a rival põe riquezas do país em risco ao deixar a exploração do petróleo em segundo plano. 

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