Candidatos ao executivo municipal defendem maior investimento no setor cultural

Filipe Motta
fmotta@hojeemdia.com.br
03/09/2016 às 08:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:40
 (Cristiano Machado)

(Cristiano Machado)

Levar ações culturais para as regionais da capital, permitindo maior acesso da população a eventos que hoje estão concentrados no Centro da cidade, é o objetivo da maioria dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte.

Marcelo Álvaro Antônio (PR), que ontem fez caminhada na região do Barreiro, critica o fato de as ações serem, hoje, muito concentradas nas áreas centrais. “Queremos promover a cultura com um olhar para os jovens de periferia, na área do teatro e da música, por exemplo, e com atividades que não sejam descontínuas”, propõe.

Arena

Reginaldo Lopes (PT) também defende a descentralização, além da destinação de 1% do orçamento para a área, e a recriação da Secretaria de Cultura, que foi substituída pela Fundação de Cultura em 2005. “Vamos transformar BH numa arena cultural. Haverá subprefeituras nas regionais e, em cada uma delas, teremos territórios livres de cultura, espaços para fomento de shows, teatro e manifestações populares”.

Menos burocracia

Para Délio Malheiros (PSD), que ontem à tarde visitou o Centro de Operações da Prefeitura, prioridades na área envolvem o incentivo à realização de produção audiovisual na cidade e, assim como Reginaldo e Marcelo, a promoção de atividades culturais em todas as regionais. Ele também defende a revisão da lei municipal de incentivo, desburocratizando-a. “É razoável que eventos de portes distintos não sejam julgados sob a mesma ótica de exigências”, diz.

João Leite (PSDB), que ontem se encontrou com entidades que atuam com dependência química, defende a criação de um Observatório da Cultura para suporte às atividades e demandas de artistas e coletivos. O candidato também propõe a abertura da Colmeia de Economia Criativa, espaço que reuniria fomento a empreendedorismo cultural, de moda e gastronomia.

Outras experiências

Vanessa Portugal (PSTU) também propõe a recriação da pasta de Cultura e um investimento de 2% do orçamento. “É preciso que os artistas não fiquem reféns da forma como a lei de incentivo à cultura funciona”, diz, defendendo que, além da iniciativa privada, o município tenha um papel mais forte na escolha do que é financiado. A candidata fez ontem reuniões com trabalhadores e lideranças comunitárias.

Já Maria da Consolação (PSOL), conhecida pela proximidade com coletivos e ativistas da cultura, diz ser necessário que a política do setor valorize não só o espetáculo, mas outras experiências culturais da cidade, como as guardas de congo. “É preciso articular os diferentes coletivos culturais com os espaços já existentes”.

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