Citado em lista, Jucá fala em 'calúnia coletiva' e diz que governo não vai parar

Estadão Conteúdo
12/04/2017 às 12:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:06
 (Divulgação)

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O líder do governo e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), afirmou nesta quarta-feira, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, que o governo "não parou e nem vai parar" por conta da lista do ministro Edson Fachin, relator da "Lava Jato", que pede abertura de inquéritos contra a cúpula do governo. Segundo Jucá, o presidente Michel Temer recebeu a notícia das delações da Odebrecht com tranquilidade. "Era natural", afirmou, dizendo que "todo mundo que disputou a eleição está ou estará na lista".

"O presidente está cobrando da equipe econômica os trabalhos de que as reformas sejam feitas rapidamente. Sejam debatidas com a base. O trabalho vai continuar no mesmo ritmo, nós não vamos ficar paralisados. O governo continua trabalhando normalmente."

Ao ser questionado se esse era o discurso que seria adotado pelo governo para tentar tirar o foco dos investigados, Jucá disse que ninguém no governo vai se esconder. "Nós não vamos nos esconder, nós não devemos nada, nós vamos trabalhar, nós vamos cumprir o nosso papel. Eu quero que tudo seja apurado rapidamente", afirmou.

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Jucá, que ao lado do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tem o maior número de inquéritos, cinco cada, disse que está "a disposição" e ainda que criou-se uma "calúnia coletiva". "O que está em xeque, o que está em discussão, o que está sendo passado a limpo, é o modelo político", disse afirmando que o partido "vai responder com toda tranquilidade" as investigações.

Segundo Jucá, o modelo era contatar empresas e pedir doações, sem saber a origem dos recursos, e que elas doavam "movidas por diversos interesses", tudo dentro da legislação vigente. "Você não ia falar com a empresa e perguntar se o dinheiro era do lucro liquido legal da empresa ou é do lucro em cima de uma obra superfaturada? Alguém perguntou isso a uma empresa na história política do Brasil? Não." O senador, que deixou o ministério do Planejamento após ser acusado de tentar barra a "Lava Jato", disse ainda que a operação "mudou o paradigma da política positivamente".

"Eu defendo a 'Lava Jato'. Tenho certeza que a 'Lava Jato' mudou o paradigma da política no Brasil positivamente, porque vínhamos em campanhas políticas numa escalada de gastos que era algo que não tinha fim".


Íntegra da nota do senador Aécio Neves:

O senador Aécio Neves considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta.

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