Com prisão de Lula, Brasil vai virar 'republiqueta de banana', diz Gleisi

Estadão Conteúdo
05/04/2018 às 14:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:11
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Após se reunir com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e aliados do petista em São Paulo, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a prisão do petista, se for realmente executada, será uma "violência" e vai expor o Brasil como uma "republiqueta de banana". Ela ainda reforçou que Lula "é candidato".

"A prisão é uma violência completa porque é a prisão de um homem inocente", disse Gleisi, em entrevista a jornalistas, em frente ao Instituto Lula. "Marcará negativamente a imagem do Brasil no exterior. Será uma prisão política, viraremos uma republiqueta de banana."

A senadora reforçou que o partido vai considerar a prisão de Lula como política e que os aliados estarão "ao lado dele".

STF

A presidente do PT entende que os ministros do STF que votaram por negar o habeas corpus de Lula na Corte impediram que o Supremo cumprisse seu papel de "guardião da Constituição" e que Lula deveria responder ao processo em liberdade.

A reivindicação do partido, destacou, é que o Supremo paute o quanto antes as ações que questionam a tese de prisão após condenação em segunda instância e, assim, evite uma prisão do ex-presidente.

Candidatura

O PT insiste em manter publicamente a pré-candidatura de Lula à Presidência da República. "O presidente Lula continua nosso candidato, primeiro porque é inocente e portanto tem direito a se candidatar e, se candidato for, tem tudo para se eleger", declarou. "Será candidato porque a candidatura dele não pertence mais ao PT, já é de uma parcela expressiva do povo brasileiro."

Reunidos com Lula, a cúpula do partido articula com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo uma vigília permanente em frente ao prédio onde o petista mora, em São Bernardo do Campo.

No período da tarde, a direção nacional da legenda se reúne em São Paulo para debater estratégias. Na sexta, as frentes promovem outra reunião para definir as mobilizações.
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