CPMI do Cachoeira marca quatro depoimentos para esta semana

Agência Câmara
20/08/2012 às 08:55.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:35
 (José Cruz/ABr)

(José Cruz/ABr)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados deve ouvir nesta semana quatro depoentes. Entre eles estão os dois procuradores responsáveis pelas investigações decorrentes das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

Os procuradores Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira já haviam sido chamados pela CPMI no início dos trabalhos, em maio. Seus depoimentos, no entanto, foram adiados porque falar à CPMI antes da audiência na Justiça poderia fazer com que eles fossem impedidos de prosseguir atuando no caso. Ainda não foi decidido se os depoimentos dos procuradores serão secretos.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que a decisão será tomada pelos integrantes da comissão. “Há parlamentares que entendem que esse tipo de depoimento, pela delicadeza e menções a determinados fatos que incidem no processo judicial, e serão determinantes para uma sentença, podem e devem ser colhidos em regime de sigilo. Se assim for necessário, haveremos de fazê-lo”, garantiu.

Os depoimentos dos procuradores estão marcados para terça-feira (21), às 10h15.
 

Campanha de Perillo

No dia seguinte, também às 10h15, serão ouvidos o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, Jayme Eduardo Rincón, e o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires.

Ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, Rincón é sócio de uma empresa que teria recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Para garantir o direito ao silêncio na comissão, ele impetrou habeas corpus nesta semana. O relator do pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) é o ministro Joaquim Barbosa. Jayme Rincón já havia sido convocado pela CPMI por duas vezes, mas alegou problemas de saúde para não comparecer. Desta vez, entrou com habeas corpus no STF para não ter de responder às perguntas dos parlamentares.
 

Não localizado

Outro convocado, o policial aposentado Aredes Correia Pires, seria ouvido na quarta-feira (15), mas não foi localizado pela comissão, motivo pelo qual seu depoimento foi adiado para quarta (22). Segundo a Polícia Federal, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos.
 

Cavendish

O ex-presidente da Construtora Delta, Fernando Cavendish, impetrou habeas corpus no STF nesta sexta-feira pedindo para não comparecer à CPMI. O depoimento de Cavendish está marcado para o próximo dia 29, no dia seguinte ao depoimento do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os dois depoimentos são os mais esperados da CPMI.

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