CPMI do Cachoeira ouve procuradores nesta terça-feira

Agência Senado
21/08/2012 às 08:19.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:37

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados deve ouvir nesta terça-feira (21) os dois procuradores responsáveis pelas investigações nas Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira já haviam sido chamados pela CPMI no início dos trabalhos, em maio. Seus depoimentos, no entanto, foram adiados porque falar à CPI antes da audiência na Justiça poderia impedi-los de prosseguir atuando no caso. Ainda não foi decidido se os depoimentos dos procuradores serão secretos. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da comissão, disse que a decisão será tomada pelos integrantes da comissão.
 
"Há parlamentares que entendem que esse tipo de depoimento, pela delicadeza e menções a determinados fatos que incidem no processo judicial, e serão determinantes para uma sentença, podem e devem ser colhidos em regime de sigilo. Se assim for necessário, haveremos de fazê-lo", garantiu.
 
Os depoimentos dos procuradores estão marcados para as 10h15. Na quarta-feira (22), também às 10h15, serão ouvidos o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, e o ex-corregedor da Polícia Civil de Goiás Aredes Correia Pires. Rincón conseguiu habeas corpus no STF para permanecer em silêncio no depoimento.
 
Ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, Rincón é sócio de uma empresa que teria recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira. Para garantir o direito ao silêncio na comissão, ele impetrou habeas corpus nesta semana. O relator do pedido no Supremo Tribunal Federal é o ministro Joaquim Barbosa. Jayme Rincón já havia sido convocado pela CPMI por duas vezes, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.
 
O outro convocado, Aredes Correia Pires, seria ouvido na quarta-feira (15), mas não foi localizado pela comissão, motivo pelo qual seu depoimento foi adiado para o dia 22. Segundo a Polícia Federal, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos.

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