Defesa de Genoino diz que "conversar não é crime"

Eduardo Bresciani
20/08/2012 às 20:48.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:36
 (LINDOMAR CRUZ/ABR/ARQUIVO HOJE EM DIA)

(LINDOMAR CRUZ/ABR/ARQUIVO HOJE EM DIA)

A defesa do ex-presidente do PT José Genoino encaminhou nesta segunda-feira (20) um novo memorial ao Supremo Tribunal Federal em uma última tentativa de convencer os ministros da inocência do réu em relação ao mensalão. O advogado Luiz Fernando Pacheco reiterou que o único papel do cliente teria sido negociar alianças políticas, sem discussão financeira.

"Conversar não é crime. Tentar acertar os ponteiros de uma aliança nacional eleitoral não é crime", diz trecho da defesa.

A defesa sustenta que a única manifestação a favor da acusação é um depoimento do ex-deputado do PP Vadão Gomes de que Genoino teria participado de uma reunião em que se discutia a aliança entre os partidos e na qual teria sido manifestada a necessidade de apoio financeiro por parte do PT. O advogado, porém, diz que em juízo Gomes afirmou desconhecer se o PT destinou recursos ao PP. Diz não haver provas também de compra de votos do PTB.

O memorial rebate ainda a acusação de formação de quadrilha, dizendo que o ex-presidente do PT não tem relação próxima com pessoas envolvidas nos núcleos publicitário e financeiro descritos pelo Ministério Público. "Nunca esteve associado com quem quer que fosse para a prática de crimes. Estava, isto sim, associado desde 1980 com seus companheiros na defesa de um mesmo projeto político para este País".

A última manifestação volta a destacar a história de Genoino, da militância na guerrilha do Araguaia à sua vida familiar. "O réu não é um aventureiro. É homem de ação. Tem quarenta anos de pleno e dedicado exercício dos princípios políticos que nortearam e norteiam seu pensamento e seus atos".
http://www.estadao.com.br

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