Delator apontou propina para ex-ministro Gabas, amigo de Dilma

Estadão Conteúdo
23/06/2016 às 09:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:01
 (Estadão Conteúdo)

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O ex-ministro Carlos Gabas foi alvo de condução coercitiva da Polícia Federal - quando o investigado é levado para depor e liberado - nesta quinta-feira, 23, na Operação Custo Brasil, desdobramento da 'Lava Jato'. Gabas foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.

ao Ministério do Planejamento. 

partir de 2010. 

A Consist foi escolhida para prestar serviços de informática no âmbito do acordo técnico entre o Ministério do Planejamento e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) para gestão de margem consignável em folha de pagamento dos servidores públicos federais.

Ferreira, casado com a ex-ministra de Dilma Tereza Campello.

O delator aponta Paulo Ferreira com responsável por sua participação no negócio, em reunião na sede do PT, em Brasília, no final de 2009. outra parte com as pessoas envolvidas na operação."

Chambinho relata que Vaccari não concordou com repasse de parte da propina para Gabas e Duvanier. Paulo Bernardo ficaria com 1/3 dos 32% porque era na época Ministro do Planejamento, chefe de Duvanier Paiva Ferreira. Na sequencia, João Vaccari disse que os outros 2/3 seriam divididos entre o Partido dos Trabalhadores (90%) e Alexandre Romano (10%)."

Romano diz não ter concordado com a partilha e recorreu a Paulo Ferreira. Este, teria proposto o acerto final: "20% para Alexandre Romano e 80% para o Partido dos Trabalhadores". 

Nova partilha

Chambinho diz que a entrada de Gabas na partilha da propina ocorreu "em um segundo momento", no final de 2012 - ano das eleições municipais. dos beneficiados".

A entrada de Gabas, segundo revelou o ex-vereador do PT, foi porque na renovação do acordo de cooperação que tinha a Consist como beneficiária no Ministério do Planejamento, o secretário executivo adjunto da pasta Valter Correia "colaborou". A partir daí, a JD2 "iria receber 50% do valor de 1/3 que era dedicado ao Ministro do Planejamento Paulo Bernardo". 

O delator diz ter ouvido do sócio da JD2 que o valor era dividido entre Gabas, Valter Correia e uma terceira pessoa. A propina foi paga nessa proporção até janeiro de 2015, quando aumentou a participação da JD2. "Ficando esta estabelecida no valor de R$ 300 mil."

Os repasses, segundo Chambinho, "duraram até o ano de 2015, com proporções sendo alteradas ao longo dos meses". "Quem coordenava a divisão de lucros era a pessoa de João Vaccari", disse. que ficou famoso.

Ele integra a lista de alvos da Lava Jato que tinham direito a foro especial, por prerrogativa de função, e passaram a ser investigados em primeira instância.

Gleisi

O elo de Gleisi com o caso, além do marido, são o advogado Guilherme Gonçalves - alvo de buscas na Operação Pixuleco 2 - e um motorista. "1/3 ficaria para Paulo Bernardo, o que iria receber o dinheiro por intermédio de Guilherme Gonçalves." O advogado trabalhou nas campanhas da senadora Gleisi Hoffmann. Ele também teve prisão decretada na Custo Brasil, mas ainda não foi localizado.
 

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