Deputado federal por Minas envolvido em compra de voto se defende

Agência Estado
25/07/2013 às 15:51.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:23

Mostrado em rede nacional pela TV orientando candidatos sobre como se faz para comprar o voto do eleitor, o deputado federal Aelton Freitas (PR/MG) divulgou nota em que se defende das acusações. Ele diz ter sido procurado por alguém - que ele não revela, que tentou lhe vender o DVD exibido antes que fosse para na televisão. "Repeli a negociata não aceitando o jogo sujo dos chantagistas".

Sobre o trecho em que ensina os candidatos a difamarem seus adversários para ganharem uma eleição, o deputado não desmente e até defende a prática. "É direito da população saber as qualidades e defeitos dos candidatos", afirma em um trecho do extenso texto. Na sequência, ele dispara contra a imprensa: "A criminalização da atividade política, empreendida com indisfarçável fúria por parte da mídia, é um desserviço à democracia...".

Freitas garante que todos os votos que recebeu nas eleições que já participou foram frutos de suas ações em benefício de Minas Gerais. E cita o ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011, e do qual assumiu a vaga de suplente quando o mesmo era senador. "Dei continuidade ao seu mandato e ao trabalho em favor de Minas e dos mineiros", afirma.

Já com relação a frases polêmicas que fala no vídeo, feito em Capetinga (MG) em setembro passado e exibido esta semana no Fantástico (TV Globo), ele alega que foram ditas "no calor da campanha eleitoral de 2012". Entre outras coisas, o deputado ensina um ex-candidato a prefeito de Capetinga a distribuir cartõezinhos que dariam direito depois a dinheiro, tipo R$ 100, como cita o próprio parlamentar. Mas o pagamento se daria somente após a vitória nas urnas.

Investigação

A nota emitida por Aelton Freitas teve o apoio do Diretório Municipal do PR de Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde está a sua base eleitoral. O partido se manifestou em defesa do parlamentar também através de nota o que, no entanto, não o livra de responder pelo ato.

Uma investigação já foi iniciada pelo promotor eleitoral da Comarca de Cássia (MG), Gilson Walmir Falcucci, responsável por Capetinga, local do encontro entre o deputado e correligionários. Cópia do vídeo também foi encaminhada à Procuradoria Geral da República, em Brasília, ao mesmo tempo em que a questão é analisada ainda pelo Conselho de Ética da Câmara Federal.
http://www.estadao.com.br

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