Dilma Rousseff comanda reunião de coordenação e deve analisar impacto das manifestações

Estadão Conteúdo
14/03/2016 às 10:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:47
 (J. J. Guillen/AFP)

(J. J. Guillen/AFP)

Um dia após a maior manifestação popular da história do País, a presidente Dilma Rousseff comanda na manhã desta segunda-feira (14) reunião de coordenação política para tentar traçar uma estratégia de resposta aos protestos.

Foram convocados para o encontro os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Edinho Silva (Comunicação Social); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e Carlos Vieira, ministro interino da Integração Nacional. Além deles, foram chamados os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e no Congresso Nacional, José Pimentel.

No domingo (13), milhões de brasileiros foram às ruas, em pelo menos 239 cidades nas cinco regiões, pedir a saída da petista Dilma Rousseff da Presidência da República. Os protestos também tiveram como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e principal líder do PT, investigado pela Operação "Lava Jato" e pelo Ministério Público de São Paulo.

Os manifestantes se dividiram entre o apoio ao impeachment de Dilma, em tramitação na Câmara dos Deputados, a cassação do mandato pela Justiça, sob análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a pressão pela renúncia da petista do cargo que ela ocupa desde janeiro de 2011 e para o qual foi reeleita em 2014, com 51,64% dos votos no segundo turno.

PMDB

Após a reunião de coordenação, Dilma encontra a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é do PMDB. O partido, que é a maior base de sustentação do governo, realizou convenção nacional no sábado e, em um primeiro sinal de rompimento com o governo Dilma, aprovou uma moção que impede que membros do partido assumam novos cargos no governo pelos próximos 30 dias. A proibição vale até o diretório nacional tomar uma decisão definitiva sobre o desembarque ou não da gestão da petista.

Com isso, o deputado Mauro Lopes (MG) fica impedido de assumir a Secretaria de Aviação Civil nesta semana. O ministério havia sido prometido ao PMDB de Minas Gerais em troca do apoio à recondução do Leonardo Picciani (RJ), aliado do governo Dilma, à liderança do partido na Câmara.
http://www.estadao.com.br

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