Nesta quarta-feira (19), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi preso em Brasília. Desde agosto de 2015 a junho deste ano, várias acusações foram feitas contra o parlamentar, o que acabou resultando em abertura de processo e em sua prisão preventiva.  

A primeira denúncia contra Cunha foi referente a dois contratos de construção de navios-sonda da Petrobras. Ele teria recebido ao menos US$ 5 milhões em propinas para facilitar e viabilizar a obra. Sete meses depois, o caso foi levado ao Supremo e, por unanimidade, Eduardo Cunha se tornou o primeiro político réu da "Lava Jato". A partir daí, ele teve que responder por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Nessa mesma época, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma segunda denúncia contra o peemedebista. De acordo com uma investigação feita na Suíça e encaminhada para o Brasil, devido a um acordo de cooperação internacional, o parlamentar manteria contas não declaradas no exterior para receber propinas do esquema de corrupção da Petrobras. Novamente, o Supremo aceitou a acusação por unanimidade e Cunha passou a responder por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Em junho de 2016, Janot apresentou mais uma denúncia contra o parlamentar. Eduardo Cunha foi acusado de desviar dinheiro de aplicações que o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) fazia em obras. As informações foram dadas pelo ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, em delação premiada, quando descreveu em detalhes o suposto esquema ilegal instalado no banco público.

Segundo Rodrigo Janot, o peemedebista solicitava propina de grandes empresas para que Cleto viabilizasse a liberação de recursos do FGTS. Esse último caso está sob sigilo e aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que ainda vai decidir se aceita ou não a denúncia.

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