Estamos caminhando para o Estado de Exceção, diz Dilma em redes sociais

Estadão Conteúdo
26/09/2016 às 17:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:59
 (Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou nesta segunda-feira (26) as redes sociais para criticar a revelação feita ontem, em Ribeirão Preto (SP), pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que uma nova fase da Operação Lava Jato ocorreria esta semana. Dilma afirma, no início da série de postagens, que o País vive "uma situação grave" e faz uma série de críticas à declaração de Moraes dada durante um evento político na cidade do interior paulista. Em seguida, a ex-presidente lembra da prisão do ex-ministro Antonio Palocci ocorrida hoje e encerra com a avaliação de que "estamos caminhando para o Estado de Exceção".

"O anúncio de nova fase da Lava Jato pelo ministro da Justiça num palanque eleitoral, em plena atividade de campanha em Ribeirão Preto, na véspera da prisão de Antônio Palocci, lança suspeitas de abuso de autoridade e uso político da Polícia Federal", relatou a presidente. "Se tal situação tivesse ocorrido em meu governo, seríamos duramente criticados pela imprensa e pela oposição", completou a ex-presidente em uma série de posts no Twitter e reproduzida no Facebook.

As declarações de Moraes a representantes do Movimento Brasil Limpo, reproduzidas ontem com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, fizeram com que o presidente Michel Temer o convocasse para uma conversa hoje no Planalto para dar explicações. Moraes, entretanto, está em São Paulo e só iria para a capital federal amanhã (27) de manhã.

Na agenda de hoje do ministro, entretanto, só consta a participação dele na abertura do Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, na FecomercioSP, pela manhã. À tarde, não havia compromissos agendados.

De acordo com interlocutores do presidente, "pegou muito mal" a declaração de Moraes por diversas razões e por isso Temer o convocou para essa reunião. A negativa para a reunião também não foi vista com bons olhos pelo Planalto.Leia mais:
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