Fachin afasta Aécio do Senado, e Supremo deve votar hoje pedido de prisão

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/05/2017 às 09:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:36
 (Valter Campanato)

(Valter Campanato)

O ministro Edson Fachin, relator da 'Lava Jato' no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o senador Aécio Neves do mandato de senador. O magistrado, no entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano, presidente nacional do PSDB.

No despacho, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O STF ainda não disse se será julgado o pedido de prisão hoje. Na pauta oficial de julgamentos, permaneciam marcadas somente ações relacionadas a aposentadoria de servidores. Entretanto, é possível que Fachin peça à presidente do STF, Cármen Lúcia, para julgar o pedido fora da pauta, em razão da urgência do pedido da PGR.

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (18), mandados judiciais nas casas e nos gabinetes dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella (PMDB-MG), além de endereços de várias pessoas a eles ligadas, entre elas a irmã do tucano, Andréa Neves, e o filho do peemedebista, Gustavo Perrella.


As medidas foram autorizadas pelo ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação mira citados na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e de outros empresários do grupo.

Além do gabinete no Senado, os policiais estão nos apartamentos de Aécio em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, além da fazenda dele, em Cláudio (MG). Também há medidas judiciais sendo cumpridas contra Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador, apontado por Joesley como intermediário para o pagamento de R$ 2 milhões ao congressista.

Há ainda mandados sendo cumpridos no gabinete em Brasília, na casa e no escritório de Zezé Perrella em Belo Horizonte, fora endereços de um contador e de empresas ligadas a ele. A PF vasculha também a casa do doleiro Gaby Amine Toufic, em Belo Horizonte, e de funcionários do peemedebista, incluindo o assessor Mendherson Souza.
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