Foto de Eike com cabelo raspado movimenta redes sociais; empresário depõe hoje no Rio

Estadão Conteúdo
31/01/2017 às 08:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:38

Quando as fotos do empresário Eike Batista no presídio Ary Franco começaram a ser divulgadas na redes sociais, uma dúvida assolou milhares de internautas: Eike teve o cabelo raspado ou, simplesmente, a peruca confiscada pela polícia?

A resposta quem dá é o próprio empresário durante uma entrevista em 2010 para a jornalista Marília Gabriela, na TV Cultura. Na ocasião, Marília Gabriela comentou que muitas pessoas tinham reparado no "topete novo" que o empresário exibia. Sem fugir da pergunta, Eike respondeu: "Tricosalus! É um tratamento revolucionário".

Sim, Tricosalus! Representantes da clínica não foram encontrados para se manifestar, mas matérias da época da revelação informam que o tratamento, que pode ter custado mais de R$ 35 mil, consistia na utilização de medicamentos, como vapor de ozônio, laser, esfoliamentos com jojaba e aplicação de fios.

A foto, no entanto, suscitou brincadeiras até mesmo entre familiares de outros presos. Uma delas, que preferiu não se identificar, jurou até ter tocado a suposta peruca, que estaria nas mãos de policiais. 

Empresário será ouvido hoje

Eike Batista prestará depoimento nesta terça-feira, quando será levado da Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A previsão é de que ele deixe o presídio às 13h e preste depoimento às 15h.

Por não ter nível superior, Eike não pode ir para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da 'Lava Jato'. Segundo agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o transporte de Eike para Bangu, o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa.

As celas são para até oito presos, que costumam trabalhar dentro das próprias unidades prisionais – por isso, ganharam o apelido de "faxina". Entre os detidos estão milicianos, alguns ex-PMs e outros ex-servidores.

Acostumado a viagens em jato particular ou em voo de classe executiva, Eike vive agora uma nova realidade. O ex-bilionário, divide a cela com outras seis pessoas, todas presas em fases anteriores da 'Lava Jato'. As celas têm 15 metros quadrados, beliches de concreto, sem vaso sanitário, só um buraco no chão que serve de banheiro e um cano com água fria para o banho.

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