Funcionárias da prefeitura de Santa Luzia são demitidas por reter cartões de internos

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
18/06/2013 às 15:31.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:14

Pelo menos cinco funcionárias da prefeitura de Santa Luzia, região Metropolitana de Belo Horizonte, que trabalhavam na Saúde Mental Boa Esperança, foram demitidas. O motivo seria a suspeita de retenção dos cartões bancários dos internos para saque do benefício da aposentadoria deles. A assessoria da prefeitura confirma, destacando que adequações estão sendo feitas na unidade. Despesas e custos, como aluguel dos imóveis, água, luz e equipamentos também estão sendo revistos. Em abril, o Hoje em Dia mostrou com exclusividade que na época a Secretaria Municipal de Saúde de Santa Luzia, instaurou uma Comissão de Fiscalização de Contas para investigar uma denúncia de um suposto esquema de desvio de dinheiro de pacientes do Centro de Saúde Mental Boa Esperança.

Segundo a denúncia, duas servidoras estariam retendo os cartões bancários dos internos para saque do benefício da aposentadoria. A secretária de saúde do município, Kátia Rejane Barbosa, confirmou a denúncia, destacando que as funcionárias estariam efetuando os saques, pois os internos foram abandonados pela família. Conforme ela, o caso seria acompanhado de perto por representantes do Conselho Municipal de Saúde e do Conselho do Estatuto do Idoso.

“Elas faziam o saque, porque os internos não têm família. Sei que cerca de 30% do benefício sacado é entregue nas mãos dos pacientes para eles comprarem cigarros entre outras coisas, o restante, ou seja, 70% é administrado pela casa”, explica ela. A secretária não soube dizer em qual montante o desvio estaria acontecendo, mas garantiu que se houvesse irregularidades, as servidores serão punidas. Cerca de 19 doentes mentais, 11 em uma casa e oito em outra, sem família, estão sob os cuidados do município.

As servidoras investigadas continuam trabalhando na unidade, no entanto, neste mês elas foram proibidas de efetuarem os saques das aposentadorias para os pacientes. “Desde o dia da denúncia, feita no início deste mês, recolhi todos os livros caixas. Um contador vai analisar todas as transações feitas na casa para tentarmos descobrir alguma irregularidade”, avisa.

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