João Leite e Alexandre Kalil trocam acusações em debate quente na Rede TV

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
22/10/2016 às 00:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:20
 (Divulgação/Rede TV)

(Divulgação/Rede TV)

Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) protagonizaram, na noite dessa sexta (21), o debate mais quente da TV aberta até o momento. Sem 'papas na língua', os políticos trocaram farpas durante todo o programa, transmitido pela Rede TV, que durou cerca de uma hora e meia. Até mesmo durante os intervalos os dois se alfinetaram. João Leite enfatizou o fato de Kalil ter doado R$ 2,2 milhões para a própria campanha, devendo o IPTU. Já o ex-presidente do Atlético afirmou que o tucano está envolvido na 'Lista de Furnas' e teria enriquecido ilicitamente.

O debate já começou com ataques. Já na primeira pergunta, João Leite acusou Kalil de se esconder. “Você se esconde, Kalil. Você foi o grande apoiador de Marcio Lacerda. Você pediu que a torcida do Atlético votasse no Lacerda. Você recebeu R$ 50 milhões do Marcio Lacerda em contratos com a prefeitura, como empreiteiro. Recebeu R$ 50 milhões e não paga IPTU”, denunciou.

Ainda segundo João Leite, o fato de Kalil não pagar IPTU reflete diretamente na falta de qualidade da saúde. Ele negou o envolvimento no caso Furnas e disse que a lista é falsa.

Filha na PBH

Kalil rebateu acusando o adversário de aparelhar a prefeitura com parentes. “A saúde está ruim porque você colocou a sua família no cabide de empregos. A sua filha foi lotada por dois anos na Secretaria de Saúde, que foi comandada pelo seu partido. Depois que a sua filha saiu, entrou o seu sobrinho”, delatou. Conforme o tucano, a filha e o sobrinho eram qualificados para os cargos.

Em seguida, o peessedebista citou o vigilante Geraldo Francisco da Silva, que teria trabalhado na empresa de Kalil, a Erkal Engenharia, durante cinco anos com o INSS recolhido. O dinheiro não foi repassado aos cofres públicos.

Funcionário sem receber

“Você não pagou o senhor Geraldo, Kalil. Sou a voz desse homem”, enfatizou João Leite. Ainda de acordo com o tucano, o ex-funcionário de Kalil estava com sérias dificuldades financeiras, enquanto o ex-presidente do Atlético possui veículos importados na garagem. Kalil rebateu dizendo que o “senhor Geraldo” havia sido comprado pela campanha do oponente.

Judas

Kalil afirmou, ainda, que João Leite conhecia bem a Erkal Engenharia, enquanto ele mesmo nunca teria ido ao gabinete do oponente.

“Nunca entrei no seu gabinete. Não entro em gabinete de deputado porque não preciso deles. Mas você subiu a rampa da minha empresa, sentou na minha poltrona, para pedir dinheiro para pintar muro. Você beijava o meu rosto quando me via. Você sabe quem beijava o rosto de Cristo, né?”, rebateu, fazendo alusão a Judas, que traiu Jesus.

João Leite respondeu dizendo que, na época, achava que Kalil fosse uma boa pessoa.

O debate foi composto por quatro blocos. No primeiro, que teve o clima mais tenso, os candidatos trocaram perguntas. No segundo, eles responderam a questões de jornalistas. No terceiro, os candidatos responderam perguntas dos eleitores, previamente gravadas. No quarto bloco foram lidas perguntas do Facebook. Houve, ainda, tempo para as considerações finais.

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