Lula teria pedido compra de empresa pela Telemar, aponta revista

Hoje em Dia*
30/01/2016 às 21:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:14
 (Antonio Cruz/ABr)

(Antonio Cruz/ABr)

O presidente licenciado da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, decidiu contar em delação premiada informações sobre a sociedade entre a antiga Telemar e a Gamecorp, que tem entre seus sócios Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. A informação foi publicada na revista “Veja”, que traz reportagem dizendo que Azevedo vai contar que a antiga Telemar, que tinha a Andrade Gutierrez entre os controladores, teria comprado 30% da Gamecorp “a pedido de Lula”, por R$ 5 milhões, em 2005.

Segundo “Veja”, o delator dirá que, três anos depois, Lula alterou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom. A revista revela que Azevedo confidenciou a advogados que, depois disso, os sócios da Gamecorp e integrantes do governo passaram a exigir mais ajuda financeira da empreiteira.

A Andrade Gutierrez, por meio da Oi, teria passado a contratar serviços desnecessários da Gamecorp. Um canal de repasse de dinheiro teria sido estabelecido para Fábio Luís e seus sócios, entre eles Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Os dois são os donos formais do sítio de Atibaia usado por Lula, que teve parte da reforma paga por empreiteiras.

A “Veja” relata também que em 2014 houve pressão de Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, e Giles Azevedo, assessor especial da presidente, para repasse de dinheiro. Em nota, Edinho afirmou que todas as doações estão declaradas ao TSE. Giles disse que, como coordenador geral da campanha, esteve uma única vez com Azevedo. O Instituto Lula e a Andrade Gutierrez não se manifestaram sobre a reportagem.

Já o jornal “Folha de S. Paulo” trouxe reportagem, na edição de ontem, em que mostra nota fiscal de compra de um barco pela ex-primeira dama Marisa Letícia da Silva, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com endereço de entrega no sítio de Flávio Ferreira, em Atibaia (SP). O preço pago foi de R$ 4. 126. A propriedade, frequentada pela família de Lula, teria sido reformada com dinheiro da empreiteira Odebrecht.

(*Com agências)

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