Marco Maia se diz vítima de 'vingança' de Delcídio

Estadão Conteúdo
05/12/2016 às 18:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:57
 (Fabio Roguigues Pozzebom/ABr)

(Fabio Roguigues Pozzebom/ABr)

O deputado Marco Maia (PT-RS) usou nesta segunda-feira, 5, sua página no Facebook para rebater as acusações contra ele que geraram a nova fase da Operação "Lava Jato", deflagrada nesta manhã. Reclamando que nunca foi ouvido oficialmente para contestar as informações dos delatores, o petista se disse vítima de "vingança" e afirmou que o ex-senador Delcídio Amaral mente ao acusá-lo de cobrar "pedágio" de empreiteiros para protegê-los na CPMI da Petrobras de 2014. "Este cidadão mente descaradamente", declarou. Em uma transmissão ao vivo, Maia negou que tenha sofrido pressão para poupar empreiteiros ou ex-funcionários da estatal, com exceção de Delcídio que, segundo Maia, teria feito apelos para preservar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele contou que na época disse a Delcídio que não seria possível atendê-lo. "Não vou aceitar que um ex-senador que mente fique dando entrevistas e posando como herói", insistiu.

O petista lembrou que a comissão ocorreu em um período eleitoral e que por isso foi muito "tumultuada", porque havia um ambiente "eivado de vícios" que visavam influenciar o debate político. O deputado disse que fez um relatório técnico e denso, com 53 indiciados e 20 empresas denunciadas por formação de cartel. "Aqueles que nós indiciamos em 2014 hoje são aqueles que me acusam", completou. Maia negou ter se encontrado com o delator em uma suposta residência no Lago Sul, bairro de Brasília, e observou que a versão é inverídica porque o delator teria dito que a reunião ocorreu na casa de uma irmã do deputado. Maia disse que tem apenas dois irmãos. "Não poderia ter me reunido com esse cidadão", enfatizou.

Na transmissão, Maia lamentou que o Ministério Público Federal tenha entrado "no jogo, na manipulação de delatores mentirosos, que não têm credibilidade". O deputado chamou o ex-senador de "pessoa sem caráter", disse que o ex-petista trouxe seu nome "eivado de mágoas" para as investigações porque ele se recusou a poupar Cerveró, "protegido" de Delcídio. "Não houve proteção a ninguém", emendou. O deputado finalizou dizendo que seu patrimônio é fruto de seu trabalho de mais de 30 anos, ressaltou que não tem contas no exterior e que sempre se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. Ele agradeceu o apoio recebido após a ação da Polícia Federal em sua casa no Rio Grande do Sul, episódio que chamou de "ação desmedida".Leia mais:
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