Pimentel se reúne com Pezão e Renan Filho para buscar alternativas à crise

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
21/01/2016 às 07:10.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:06
 (Reprodução/TV)

(Reprodução/TV)

A dez dias da reunião dos governadores com a presidente Dilma Rousseff, Fernando Pimentel (PT) reconheceu nessa quarta (20) não ter nenhuma proposta para enfrentar a crise financeira dos estados. Na companhia dos governadores do PMDB Luiz Fernando Pezão, do Rio, e Renan Filho, de Alagoas, Pimentel fez uma longa reunião a portas fechadas no Palácio da Liberdade.

Em seguida, fez um rápido pronunciamento para a imprensa, sem direito a perguntas. No próximo dia 1º de fevereiro, Dilma receberá todos os governadores para discutir a crise financeira.

“Nesse momento, ainda não temos nada formatado. Estamos trocando ideia sobre o que pode ser levado ao governo federal, aproveitando a experiência do governador Pezão e vitalidade do governador Renan, que é a juventude chegando muito brilhante na política brasileira. Estou me inspirando neles para, juntos, enfrentar esse desafio”, reconheceu Pimentel.

Na semana passada, o governo de Minas anunciou que vai atrasar o pagamento de salários de parte dos servidores. Já o governo do Rio enfrenta uma forte crise na área da saúde. Apesar da falta de propostas, Pimentel classificou a visita de “muito importante e produtiva”.

“Nós estamos trocando experiências entre governadores parceiros, governadores amigos sobre as ações e medidas que os governos estão tomando visando reduzir gastos, equacionar custos para enfrentar essa crise financeira. Todos os estados e União estão numa contingência de muita severidade. A receita caiu muito, fruto da recessão econômica, e estamos sendo forçados a tomar medidas de contingenciamento. Todos os governadores estão fazendo isso”, argumentou o governador petista.

Pezão e Renan, esse último filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não se pronunciaram. Coube a Pimentel fazer o papel de porta-voz.

Segundo o petista, a intenção é cortar gastos, no caso de Minas, para privilegiar o pagamento em dia dos servidores públicos.

“O objetivo é garantir aos servidores aquilo que é de direito, que é o salário deles, e garantir à população aquilo que nós queremos, que é um serviço público de qualidade. Esse é o primeiro objetivo da conversa”, afirmou.

Em meio à reunião, dezenas de manifestantes afetados pela Lei 100 realizaram um protesto na frente do Palácio da Liberdade.

Com megafones e faixas estendidas, o grupo exigia do governo mineiro estabilidade na carreira. Por determinação do STF, cerca de 60 mil servidores foram exonerados tendo em vista que a Lei 100, aprovada em 2007, foi considerada inconstitucional.

O governo prometeu formar uma comissão para analisar uma viabilidade jurídica.

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