Pimentel usou verba pública para bancar despesas particulares

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
22/08/2012 às 11:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:39
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), contratou, poucos meses antes de deixar a Prefeitura de Belo Horizonte, e com dinheiro da administração, a empresa de comunicação do Rio de Janeiro, FSB, que passou a atendê-lo, de graça, após deixar a administração. A FSB foi contratada em março de 2008 pela Empresa de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) ao custo de R$ 1,2 milhão, por um período de oito meses, para divulgar as ações de turismo da capital. Na prática, mandou material de divulgação para diversos órgãos de comunicação. A Belotur já possuía setor para isso.

O contrato, ao qual o Hoje em Dia teve acesso, terminou em fevereiro de 2009. Pimentel deixou a administração no dia 1° de janeiro do mesmo ano. Passou, então, a ser atendido, como político, pela FSB. A assessoria de imprensa da empresa informou, por telefone, que não cobrou pelo serviço particular, já que tinha a expectativa de um contrato para fazer a campanha de Pimentel ao Senado ou Governo de Minas, em 2010, o que não ocorreu.

Antes mesmo de vencer a licitação da Belotur, a FSB já atendia ao então prefeito. Em 25 de março de 2008, por exemplo, a empresa encaminhou à imprensa uma nota em que Pimentel manifestava-se sobre as eleições municipais. Na ocasião, ele travava uma disputa política dentro do PT para conseguir fechar uma aliança com o hoje senador Aécio Neves (PSDB) em prol da eleição de Marcio Lacerda (PSB), que acabou por obter êxito nas urnas. “Recebi com naturalidade e respeito a decisão da direção nacional do PT, reunida, na última terça-feira (23), em Brasília. Entendo que não houve qualquer proibição ou impedimento à tese que defendo em Belo Horizonte, de uma aliança liderada pelo PSB e que incluía no arco de apoio o PSDB, partido do governador Aécio Neves, que compartilha comigo esta ideia”, dizia a nota, assinada pela assessora Lívia Stábile, da FSB.

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