O PT já faz planos para uma possível disputa entre seu candidato, Fernando Haddad, e o candidato do PRB, Celso Russomanno, no segundo turno das eleições à prefeitura de São Paulo. De acordo com Rui Falcão, presidente nacional do partido, as sondagens informais (trekking) indicam que o petista ultrapassou o candidato do PSDB, José Serra, por pequena margem. Se a tendência se confirmar, o PT vai buscar alianças para o segundo turno. "Vamos buscar o apoio de todos os eleitores que votaram em outros candidatos no primeiro turno, inclusive do PSDB", disse.
O cenário positivo para o partido foi traçado após reunião, nesta segunda à noite, na sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga, na zona sul da capital. Além de Falcão e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estavam presentes o candidato petista, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto, o secretário nacional de organização Paulo Frateschi e o publicitário João Santana, responsável pelo marketing de Haddad. Os números que animaram os petistas foram apresentados pelo analista Alberto Carlos de Almeida.
Segundo ele, a tendência é de se mantenha o crescimento nas intenções de voto em Haddad na medida em que ele se torna mais conhecido do eleitor. A participação de Lula e da presidente Dilma Rousseff na campanha é considerada importante. De acordo com Falcão, o ex-presidente Lula não vai subir o tom da campanha em razão dos ataques do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao partido e ao governo. "As respostas que tinham de ser dadas já foram dadas", disse. Nesta segunda, o candidato do PT à prefeitura de Recife, Humberto Costa, esteve em São Paulo para pedir a presença de Lula na campanha - o candidato do PSB, Geraldo Júlio, apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB), aliado do governo federal, lidera a pesquisa. Lula vai a Recife, mas a data não foi definida.
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