Rio bate recorde de pessoas presas por crime eleitoral

Equipe AE
07/10/2012 às 19:55.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:53

Com reforço do policiamento nas ruas e a ajuda do Exército em áreas dominadas pelo tráfico e pela milícia, o Rio bateu o recorde histórico do País em número de presos durante as eleições. Segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador Luiz Zveiter, o número chegou a 758, a maioria foi detida por fazer boca de urna. Entre os detidos estão nove candidatos a vereadores. Em sua primeira eleição sob a ocupação da Polícia Militar, a Rocinha teve 40 cabos eleitorais presos.

Os detidos eram cabos eleitorais do candidato Léo da Comunidade, do PTN, que também foi abordado por policiais militares, mas conseguiu fugir. De acordo com o comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos, o candidato tem ligação com o tráfico. Ex-presidente da associação de moradores, Léo é acusado de fazer boca de urna, distribuir camisetas entre os eleitores e comprar votos oferecendo cestas básicas aos moradores. Vestida com a camisa na fila da votação, a dona de casa Antonia de Carvalho, de 51 anos, negou a venda do voto. "É uma demonstração de apoio. A gente gosta dele, não tem nada mandado."

Considerada o maior colégio eleitoral do Rio, a Rocinha teve o policiamento reforçado por 160 policiais armados e 40 infiltrados. A maioria dos moradores, entretanto, disse não sentir mudanças com a presença ostensiva dos PMs. "Com policial ou sem, é a mesma coisa. Como todo brasileiro, a gente faz festa de qualquer jeito", afirmou a moradora Cristina Magalhães, de 37 anos. (Equipe)
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