(Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
A oposição já possui o número de votos para afastar a presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Na sessão de apreciação do relatório do senador Antonio Anastasia, que pede o prosseguimento do processo de impeachment da presidente, pelo menos 41 senadores já discursaram contra o governo, maioria simples na Casa. Se os parlamentares confirmarem a posição na votação eletrônica, a oposição alcança os votos necessários para afastar Dilma Rousseff 180 dias a partir desta quinta-feira.
Até às 3h da madrugada desta quinta-feira, 41 senadores tinham votado pelo impeachment e 16 contrários. No discurso, o senador Fernando Collor não adiantou o seu voto.
Na sessão de votação, que começou às 9h dessa quarta-feira, 71 senadores estão inscritos para discursarem. A expectativa é que essa fase se encerre no início da manhã e a votação ocorra por volta das 8h.
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Sessão dividida
Ao todo, 71 dos 81 senadores se inscreveram para falar. Eles têm direito a 15 minutos de discurso cada. A sessão foi dividida em três blocos: de 9h às 12h, de 13h às 18h e de 19h em diante.
Após a discussão dos senadores, o relator falará também por 15 minutos e depois o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, por mais 15 minutos. A defesa será a última a falar.
Orientação de bancada
Os líderes partidários não farão o tradicional encaminhamento de votações por se tratar de um julgamento, e não da aprovação de propostas.
Votação
Os senadores votarão no painel eletrônico do Senado e não vão justificar o voto, nem falarão antes de votar. Cada senador pode votar sim, não ou se abster. Após a conclusão da votação, o painel será aberto e o resultado anunciado.
Afastamento
Se os senadores decidirem pela continuidade do processo de impeachment da presidenta, Dilma Rousseff deverá ser afastada por 180 dias. O quórum mínimo para votação é de 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é necessário o voto da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. O presidente do Senado só vota em caso de empate.
Publicação
A decisão será publicada no Diário do Senado. Somente após isso, e caso o parecer seja admitido, o primeiro-secretário Vicentinho Alves (PR-TO) levará a notificação à presidenta.
Posse
Com um possível afastamento de Dilma, o vice-presidente Michel Temer tomará posse. De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não há necessidade de nenhuma cerimônia especial, uma vez que Temer já prestou juramento à Constituição junto com Dilma em 1º de janeiro de 2015.
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