'Vai ser preciso mais que um princípio de incêndio para parar a 'Lava Jato'', diz delegado

Estadão Conteúdo
23/02/2017 às 13:06.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:41

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula afirmou nesta quinta-feira (23) que "vai ser preciso mais que um princípio de incêndio para parar a equipe da 'Lava Jato'". Na segunda-feira (20) houve um princípio de incêndio no prédio da superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida - sede oficial da maior operação de combate à corrupção do país.

No dia seguinte, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, desembarcou em Curitiba para visitar o epicentro do escândalo Petrobrás. Nesta quinta-feira (23) a Polícia Federal deflagrou a Operação Blackout, 38ª fase da "Lava Jato". Os alvos de mandados de prisão são os operadores do PMDB Jorge e Bruno Luz, pai e filho respectivamente. Os lobistas estão fora do país e entraram na lista da Interpol.

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Em entrevista coletiva, Igor Romário refutou os boatos de esvaziamento da "Lava Jato". "Há um fato que não pode ser negado. A Operação "Lava Jato" aconteceu durante a administração atual, do Dr. Leandro, e ela prosseguiu na administração do Dr Leandro. Não há o que se falar em nenhum tipo de ação para prejudicar", declarou.

"Quanto ao evento mais recente, eu costumo falar com o pessoal da equipe aqui que 'o bom marinheiro não se faz em águas calmas, ele se faz nas tormentas'. Vai ser preciso mais que um princípio de incêndio para parar a equipe da 'Lava Jato'", afirmou o delegado.

O princípio de incêndio, que atingiu na madrugada de segunda-feira o subsolo do prédio, prejudicou parte da iluminação, telefonia e sistema de informática da superintendência - provocando a suspensão do expediente normal. O maior prejuízo é para quem retira passaporte. Peritos da Polícia Federal apuram o que provocou o fogo. Uma suspeita é de que tenha ocorrido um curto circuito. Ninguém ficou ferido.

Igor Romário lamentou ainda a saída do delegado federal Márcio Adriano Anselmo, da equipe da "Lava Jato" na PF em Curitiba. "É uma saída por todos nós sentida. Ao contrário das demais, ele é uma pessoa que a gente insistiu bastante que ficasse, mas foi uma opção pessoal dele", explicou.


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