Políticos, empresários e entidades protestam no Triângulo contra leilão de usinas da Cemig

Tatiana Moraes
tmoares@hojeemdia.com.br
18/08/2017 às 16:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:09
 (Tatiana Moraes/Hoje em Dia)

(Tatiana Moraes/Hoje em Dia)

INDIANÓPOLIS (MG) - Políticos, empresários e representantes de movimentos sociais e sindicais participam, nesta sexta-feira (18), de um ato pela manutenção da concessão das usinas Miranda, Jaguara e São Simão, da Cemig. 

O evento é realizado na usina de Miranda, em Indianápolis. Pelo menos 400 integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) estavam no local. 

Segundo o deputado estadual Rogério Correia, os manifestantes chegaram ao ato em 36 ônibus. Eles gritavam palavras de ordem e portavam faixas que rechaçavam o leilão, em pelo menos três línguas. 

O possível aumento na conta de luz,  caso as usinas sejam leiloadas,  foi criticada pelos manifestantes. Os manifestantes sustentam que a conta de luz poderia triplicar. 

Conforme adiantou o Hoje em Dia na edição desta quarta-feira (18), no entanto, os R$ 11 bilhões que o governo pretende arrecadar no leilão, agendado para a próxima terça-feira (22), terão impacto de aproximadamente R$ 0,30 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. 

A título de comparação, um casal com filhos consome, em média, 250 KWh por mês. O impacto na comparação tá de luz deste casal, portanto, seria de R$ 0,60 ao mês. 

Os investidores e acionistas da estatal, em contrapartida, seriam fortemente impactados. Juntas, Jaguara, Miranda e São Simão respondem por quase 40% da geração de caixa da companhia. 

Na ocasião, foi entregue ao governador uma carta de repúdio à venda das usinas. Segundo Rogério Correi, os 77 deputados estaduais assinaram o documento. "Os mineiros dão um boi para não entrar em uma briga, mas dão uma boiada para não sair", enfatizou.

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