Postos de saúde e UPAs de BH estão parcialmente parados; coleta de lixo é mantida

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
28/04/2017 às 08:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:19

Nem todo o belo-horizontino que precisou de atendimento médico público nesta sexta-feira (28) conseguiu ter acesso ao serviço. Assim como os metroviários e os rodoviários, muitos funcionários da saúde aderiram à paralisação nacional contra as reformas da Previdência e trabalhista. Por isso, as unidades estão funcionando com capacidade reduzida, sendo que algumas estão recebendo somente casos de emergência e urgência.

Na UPA Venda Nova o cenário é diferente. Lá, dezenas de pessoas aguardam por atendimento médico. Contudo, trabalhadores administrativos da UPA garantiram que, até o momento, os serviços de triagem estão sendo realizados. A escala dos médicos não foi divulgada e o funcionários não souberam informar se os profissionais iriam aderir à paralisação. 

No Centro de Saúde Heliópolis, no bairro Planalto, poucas pessoas aguardam para ser atendidas. A administração não informou se o funcionamento da unidade está regular ou se os funcionários aderiram à paralisação.

A expectativa é que a categoria pare. O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) informou que os médicos do Estado reforçam a greve-geral e que só serão mantidos os serviços de urgência e emergência.

Sem atendimento

Com o pé engessado, o mecânico José Francisco dos Santos, de 76 anos, foi até o Centro de Saúde Floramar, na região Norte da capital, para consultar e trocar os curativos. Mas foi avisado, ao chegar no posto, que os curativos só seriam feitos na terça-feira (2), após o feriado. Pacientes que estavam no local também tentaram pegar remédios e foram informados que os serviços de farmácia estavam paralisados. 

José Francisco, que já estava com a consulta marcada conta, no entanto, que foi avisado que o atendimento no posto estaria parcialmente suspenso. "Ligaram lá em casa hoje cedo avisando que o médico da minha consulta tinha chegado", diz. 

A aposentada Geralda Ferreira, de 72 anos, foi acompanhar o marido na consulta e afirma que tanto ela, como José Francisco, apoiam a paralisação dos funcionários e não veem problema na suspensão de alguns serviços de saúde nesta sexta. "A greve é uma coisa boa, porque todo mundo tem direito de correr atrás do que acredita e isso é importante. E eles estão nos atendendo mesmo assim. Os funcionários daqui do posto nos tratam muito bem, com carinho e cuidado", garante. 

Algumas consultas que já estavam agendadas previamente serão feitas, como a da costureira Maria Aparecida de Miranda, de 57 anos. Ela conta, porém, que chegou ao local nesta manhã, e não viu toda a equipe de saúde da unidade. O fluxo de pacientes, na visão da costureira, também está muito inferior aos outros dias. 

"Costuma ter bem mais gente aqui aguardando atendimento. Acho que avisaram a população que iam paralisar por causa da greve. No posto geralmente trabalham psicólogos, farmacêuticos, dentistas, médicos, enfermeiros. Não está funcionando normal hoje",  afirma. A administração do centro de saúde não forneceu informações sobre a situação da unidade. 

Coleta de lixo

O serviço de limpeza urbana na capital não será interrompido nesta sexta-feira, garantiu a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). "Contudo, se os cidadãos perceberem que a coleta de lixo foi prejudicada por motivos que ultrapassem o limite de atuação da Prefeitura, a recomendação é que os resíduos domiciliares sejam novamente recolhidos pelos moradores", recomendou a SLU.

Segundo o órgão, essa medida evitará que o lixo se espalhe pelas vias públicas, gerando transtornos à população.

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