Pré-candidata à Presidência, Marina defende fim do foro privilegiado

Rafaela Matias
primeiroplano@hojeemdia.com.br
19/04/2018 às 21:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:26
 (Amira Hissa/PBH)

(Amira Hissa/PBH)

A pré-candidata à Presidência da República Marina Silva, da Rede, defendeu ontem, em Belo Horizonte, o fim do foro privilegiado e citou uma série de acusados que, no ponto de vista dela, se esconderam atrás do benefício. 

“A prisão em segunda instância está correta em meu ponto de vista, mas o foro privilegiado permite que Renan Calheiros, Romero Jucá, Aécio Neves, Michel Temer, (Eliseu) Padilha e Moreira Franco se escondam de suas punições”, disse. 

A afirmação aconteceu durante uma visita da ex-ministra ao prefeito Alexandre Kalil (PHS), na capital mineira, para discutir questões relacionadas à educação e também à necessidade de uma reforma tributária que descentralize os recursos do governo federal e aumente o repasse aos municípios. 

Questionada sobre o apoio dado a Aécio Neves nas eleições presidenciais de 2014, a pré-candidata disse que, na época, não sabia dos esquemas que foram revelados posteriormente e desconhecia o envolvimento do senador. “Eu fui a pessoa que sugeriu que levassem o Aécio ao Conselho de Ética do Senado. Em 2014, nós não tivemos uma eleição livre e democrática, tivemos uma farsa, uma fraude. Na época em que foi declarado o apoio, eu não sabia disso. Ninguém sabia o que o Aécio e a Dilma fizeram”, alegou Marina. 

Sobre a corrida presidencial que começará nos próximos meses e da qual fará parte como candidata, Marina Silva destacou o momento como decisivo para a história do país e considerou apropriado dar uma chance aos partidos alternativos. “Essa eleição será muito relevante para a história, porque as pessoas vão votar sabendo da verdade. A ‘Lavo Jato’ já revelou quem é quem e mostrou que os partidos maiores praticaram os mesmos erros contra a sociedade e as finanças públicas brasileiras. A sociedade quer mudança de verdade. Talvez seja a hora de PT, PSDB, MDB e DEM tirarem umas férias de quatro anos. 

Mesmo assim, Marina não descartou nenhuma aliança política e afirmou que a Rede consegue ter um olhar individualizado sobre as pessoas, independentemente de seus partidos. “Eu sempre digo que pessoas boas e ruins existem em todos os partidos”.

Procurada, a defesa de Aécio não se manifestou até o fechamento desta edição.

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