Preços do feijão carioquinha e batata inglesa pressionam inflação em BH

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
05/07/2016 às 21:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:11
 (Sxc.hu)

(Sxc.hu)

A inflação oficial de Belo Horizonte, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de junho em 0,83%, uma alta um pouco menos intensa do que os 0,90% de maio. Mas o que os consumidores sentem no bolso é uma alta exagerada de alguns itens básicos, como o feijão carioquinha, que encareceu 73,80% no ano e a batata inglesa, com alta de53,09 %.

A inflação acumulada no ano está em 6,48%, percentual superior ao centro da meta imposta pelo Banco Central, de4 ,5%. Em 12 meses, o indicador ficou em 11,50%, segundo dados divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead Face UFMG).

“A notícia não é boa mesmo porque, pelo o que tudo indica, a inflação vai permanecer acima da meta”, afirma a coordenadora de pesquisas do Ipead, Thaize Vieira Martins Moreira.

Em se tratando de alimentação em geral, a alta no ano foi de 4,35%. O maior peso foi para quem se alimenta em casa, que teve que pagar 7,88% mais caro. Fora de casa, a alta foi de apenas 0,21%. Segundo o vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Pedro Paulo Pettersen, os preços nos restaurantes estão passando por reajustes menores por causa da queda na demanda.

Já não ocorre o mesmo com os itens de preços administrados, que incluem transporte, comunicação, energia elétrica, combustíveis, água e IPTU. Após reajustes definidos para plano de saúde, energia, condomínios e água, esse grupo teve uma elevação4,37% no ano.

Essas variações pesaram também sobre o custo da habitação, que encareceu 12,13% no ano, com forte influência dos valores pagos de encargos e para a manutenção.

Manteiga salgada

Na cesta básica, o destaque de alta ficou por conta também da manteiga, com variação positiva de 32,7% no ano, do leite pasteurizado (16,95%) e da farinha de trigo (12,68%).

Enquanto os preços seguem em escala crescente, a confiança do consumidor segue no caminho contrário. Segundo pesquisa do Ipead, divulgada ontem, o Índice Geral de Confiança apresentou queda de 2,94% no mês e de 13,49% no ano. A pretensão de compra caiu 1,97% em junho e 14,49% no acumulado do ano. 

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