Presidente da OAB defende um Judiciário eficiente

Paulo Leite - Hoje em Dia
09/08/2015 às 08:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:16
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

Um processo no Judiciário brasileiro dura em média 15 anos para ser julgado. Essa morosidade traz ao cidadão uma sensação de impunidade e revela uma distância da Justiça com as necessidades da população.

Tema central de uma discussão, que cada vez mais faz parte da rotina da sociedade brasileira, tem na opinião do advogado Luís Cláudio da Silva Chaves, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, grande importância no conjunto de ações que podem transformar o Poder Judiciário. Para ele “é inconcebível um processo demorar mais do que quatro anos para ser julgado”.

Comarcas sem juízes, criando a figura do juiz “TQ”, aquele que julga às terças e quartas-feiras, diminuem a confiança do cidadão. Luís Cláudio diz que nos dias em que esses juízes despacham, o tempo é utilizado somente para a análise dos processos emergenciais. “Ele só pega processos mais urgentes e isso acaba desacreditando o Judiciário”

Durante a entrevista que concedeu ao Hoje em Dia, que será publicada no Página Dois de amanhã, o presidente da OAB/MG falou sobre o exame de Ordem. “A OAB tem que se preocupar em ter uma prova que verifique a capacidade mínima para o exercício da advocacia e o exame realmente testa o conhecimento do advogado para a prática jurídica”.

Sobre a importância do exame de Ordem como exigência para o exercício da profissão de advogado, o presidente da OAB/MG afirma: “Ele se revela de importância muito grande, porque unificado no Brasil permite que todos sejam selecionados pelo mérito.

Hoje, entrego carteira de advogado a muita gente humilde que se esforçou, estudou. Antigamente, a advocacia era profissão eminentemente elitizada”

Voltada para o desenvolvimento e a valorização do advogado, a OAB foca suas ações na ética, no conhecimento jurídico e na prerrogativa profissional.

Luís Cláudio Chaves diz: “Sem ética, não há advocacia que atenda a expectativa da sociedade. O advogado tem que estar preparado para o exercício de uma função relevante e deve exercer sua atividade com independência e autonomia.”

“Se o advogado se sente apequenado perante o Judiciário, o Ministério Público, o cidadão fica indefeso. Em qualquer país opressor se enfraquece a advocacia tornando o Estado mais opressor, mas nos desenvolvidos o cidadão está em pé de igualdade com o Estado”, conclui

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