Previdência Privada é opção para quem deseja envelhecer tranquilo

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
26/05/2017 às 19:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:44
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

 
Com a possibilidade aumentar o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria para 40 anos, conforme proposta da reforma da Previdência, muitas pessoas recorreram aos planos de previdência privada, comercializados por bancos e corretoras e também disponibilizados a grupos fechados.

A ideia é juntar dinheiro para envelhecer tranquilo. Somente na Porto Seguro, houve aumento de 120% nas contratações no primeiro trimestre deste ano, quando comparado a igual período de 2016. A previdência é tema desta edição da série “Meu Bolso”.
Nesse tipo de investimento, uma certa quantia em dinheiro é depositada todos os meses, com resgate futuro. O operador do capital investe em fundos. A máxima do mercado vale para este tipo de aplicação: quanto mais longa for a aplicação, maior o retorno. Normalmente, os planos rendem pelo menos o CDI, que acompanha a Selic, hoje em 11,25% ao ano.

Além dos depósitos mensais, o investidor pode fazer aportes únicos, aumentando o bolo. Ao fim do plano, o contribuinte pode receber o dinheiro de uma vez ou parcelado, como um salário.

Entre as vantagens da previdência privada está a possibilidade de o dinheiro a ser resgatado não entrar em inventário, em caso de morte do investidor. Outro ponto que chama a atenção é o fato de esse tipo de plano não poder ser executado. Ou seja, caso o investidor tenha alguma dívida em nome dele ou de empresa, o dinheiro da previdência não pode ser utilizado para quitá-la.

A desvantagem é que se o contribuinte falecer enquanto ele estiver recebendo o benefício, o pagamento mensal é interrompido, a não ser que no plano conste uma cláusula específica. Também não vale a pena resgatar parte do dinheiro antes da hora, sob pena de taxas elevadas.

Para saber se o dinheiro vai render como o esperado, o investidor deve ficar atento às taxas. A gerente comercial de Vida e Previdência da Porto Seguro, Lucimara Santos, explica que corretoras e bancos cobram, normalmente, taxas de administração e de carregamento. A taxa de administração é cobrada anualmente e gira entre 0,7% e 2,5%, enquanto a de carregamento é descontada sempre que um aporte for feito.

O desconto de Imposto de Renda também deve ser levado em consideração. Conforme explica o professor de Finanças do Ibmec, Eduardo Coutinho, é possível seguir a tabela progressiva ou regressiva. No primeiro caso, a tabela é a mesma do IR, que começa com 7,5% e termina com 27,5%. No segundo, ela é inversa: começa com 35% de desconto e termina com 10%. Em ambos os casos, a alíquota varia conforme o tempo da aplicação.

“Pessoas que começam a contribuir mais velhas costumam optar pela progressiva, que segue a tabela do IR”, diz o diretor da Comissão Técnica Nacional de Investimentos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Lucas Nobrega.

Empresariais

Planos de previdência oferecidos a grupos, como empregados de determinada companhia, são uma boa possibilidade de fazer o dinheiro render, conforme Nóbrega. “Além do valor que a pessoa contribui, o patrocinador do plano, no caso, a empresa, contribui com outra cota. Assim, o valor final é maior”, detalha.
Caso o contribuinte deixe a empresa após mais de três anos de contribuição, ele pode transferir o que ele depositou para um banco, ou migrá-la para outro plano de previdência fechado. “A parte paga pela empresa varia de contrato para contrato”, diz.

Ao contratar um plano de Previdência, é necessário escolher entre PGBL e VGBL. O PGBL é indicado para quem faz declaração completa de IR. É possível abater as contribuições, desde que elas se limitem a 12% da renda bruta anual. No VGBL, a tributação incide na retirada, apenas sobre o rendimento
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