PRF está escoltando caminhões-tanque para abastecimento de postos

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
08/12/2017 às 22:07.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:08
 (Sindtanque/Divulgação)

(Sindtanque/Divulgação)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que está fazendo, nesta sexta (8), escolta de caminhões-tanque que estão deixando as empresas distribuidoras que ficam no entorno da refinaria Gabriel Passos (Regap), da Petrobras, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em direção a postos de gasolina. 

A ação foi necessária por causa da greve dos transportadores de combustível, iniciada na primeira hora de quinta-feira (7), em todo o Estado. A presença dos policiais rodoviários garante a segurança dos caminhoneiros que não participam da paralisação, que é responsável pela falta de combustível em vários postos da Região Metropolitana. Segundo a assessoria de imprensa da PRF, não é possível passar detalhes sobre as escoltas porque os detalhes são "operacionais e estratégicos".

O protesto é contra a alta carga de impostos sobre os combustíveis, responsável pelo alto custo do transporte de carga no Brasil. Segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), o diesel corresponde a 55% do custo do frete. O sindicato informou ainda que a adesão à greve seria de 100% em toda Minas Gerais. De acordo com a assessoria do sindicato, alguns postos possuem caminhões próprios.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Minas (Minaspetro), um grande número de postos em toda Região Metropolitana está sem combustível para abastecer a população, já que a refinaria Gabriel Passos e distribuidoras do entorno abastecem um raio de 300 quilômetros no entorno de Betim, ou seja, toda essa região está sendo impactada pela greve.

Por meio de nota, o Minaspetro informa que há, sim, um risco de desabastecimento geral em boa parte do Estado. Mesmo assim, o sindicato alerta para que os consumidores não promovam a chamada 'corrida aos postos'; o que, de fato, aceleraria o processo de desabastecimento.

A assessoria do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) informou que o Sindicato já entrou em contato com as autoridades competentes e solicitou apoio para a liberação do acesso aos terminais das distribuidoras paralisadas. Assim, segundo o Sindicom, "será possível regularizar pontuais atrasos no ressuprimento de postos e principalmente garantir o fornecimento de combustível para atender à demanda de serviços essenciais à população."

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