A produção de aço pelo parque siderúrgico nacional registrou, em junho, a terceira queda consecutiva neste ano. No mês, foram produzidas 2,748 milhões de toneladas de aço bruto, o que, na comparação com o mesmo mês de 2011, representa queda de 8,5%. Em Minas, a produção no mês foi de 985 mil toneladas, uma redução de 2,2% em relação a maio. Apesar do crescimento frente às 960 mil toneladas produzidas em junho de 2011, o Estado perde, gradativamente, espaço para o Rio de Janeiro.

Em junho de 2010, Minas produzia 35% do aço nacional e, hoje, a participação caiu para 33,2%. Nesse período, a produção fluminense de aço passou de uma representatividade de 20% para 29,6%. A redução da produção no país, neste ano, está diretamente relacionada com vendas inferiores tanto no mercado doméstico como no exterior. De acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr), as vendas de aços planos caíram 2,7% no acumulado do ano e ficaram estáveis na comparação de junho deste ano contra igual mês do ano passado. Já no setor de aços longos, foi apurada alta de 5,6% na comparação do primeiro semestre deste ano em relação aos seis primeiros meses de 2011.

O aço longo tem como principal mercado a construção civil e as obras de infraestrutura, enquanto os planos são direcionados mais intensamente para eletrodomésticos linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar) e o setor automotivo.
As vendas brasileiras de aço no mercado internacional despencaram. No caso dos planos, saíram de 1,2 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2011 para 833 mil toneladas nos mesmo intervalo deste ano, o correspondente a retração de 30,7%. Para os longos, a queda é de 29,6%, de 626 mil toneladas para 440 mil toneladas.

As importações permanecem ganhando espaço no país. Entraram no Brasil 1,058 milhão de toneladas de aços planos de janeiro a junho, alta de 8,5% sobre o mesmo intervalo de 2011. No caso dos longos, desembarcaram nos portos brasileiros 637 mil toneladas, 21,2% a mais do que no ano passado.
Ainda conforme o IABr, que também considera os dados da Associação Internacional do Aço (WSA, na sigla em inglês), a produção mundial apresenta alta de 0,8% até maio deste ano na comparação com o mesmo período de 2011.

Foram 635 milhões de toneladas ante 630 milhões de toneladas. Nesta base de comparação, foi verificada elevação na China (2,2%) e nos Estados Unidos (9,2%). A China respondeu por 46,4% do aço produzido no mundo.
As quedas foram contabilizadas na União Europeia (4,4%), no Japão (0,7) e na Comunidade dos Estados Independentes (CEI), com variação negativa de 2,6%.

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