Protesto de caminhoneiros interdita Regap, em Betim, e Anel Rodoviário, em BH

Carolina Fernandes
cfernandes@hojeemdia.com.br
23/05/2018 às 08:46.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:13
 (Thaís Mota/ Sindipetro/ MG)

(Thaís Mota/ Sindipetro/ MG)

O protesto dos caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel nas rodovias mineiras continua nesta quarta-feira (23). Desta vez, os manifestantes fecharam também parte da BR-381, nos quilômetros 485 e 486, nos dois sentidos, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, além do Anel Rodoviário, altura do quilômetro 583, no bairro Olhos D’Água, na região Oeste da capital.

Segundo a Autopista Fernão Dias que administra o trecho da Refinaria Gabriel Passos (Regap), os caminhoneiros interditam parte da via (em ambos os sentidos), impedindo caminhões-tanque que tentavam fazer o abastecimento de cargas, como alimentos e combustíveis. Já as outras duas faixas permanecem livres para os outros veículos, causando um congestionamento de três quilômetros na região.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trânsito no Anel está lento no sentido Rio de Janeiro, mas, até o momento, não há congestionamentos. São mais de 30 pontos de pelo menos seis rodovias diferentes (040, 050, 116, 153, 251 e 262) sendo interditadas.


Confira os locais: 

12h: MANIFESTAÇÕES: restrição de passagem apenas para veículos de carga pic.twitter.com/ZuCkxbcT2M— PRF MINAS GERAIS (@PRF191MG) 23 de maio de 2018

 Além das estradas mineiras, os protestos marcam presença também em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul. De acordo com a Associação Brasileira de Caminhoneiros, a categoria cobra a redução de impostos, como os cobrados sobre o óleo diesel, reivindicando a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

O fechamento das rodovias já estava previsto desde a última semana caso as reivindicações não fossem atendidas pelo governo federal. De acordo com a Petrobras, o valor acompanha as variações do mercado internacional e os ajustes da tarifa podem ou não refletir para o consumidor final, dependendo dos postos.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor supera a inflação acumulada no ano, de 0,92%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Petrobras deixa gasolina e diesel mais baratos

A Petrobras anunciou, nessa quarta-feira (23), a queda do preço da gasolina (2,08%) e do óleo diesel (1,54%) em todo o Brasil. O barateamento no preço da gasolina ocorre depois de 11 aumentos consecutivos nos últimos 17 dias e de o preço do produto ter fechado os primeiros 21 dias do mês de maio com alta acumulada de 16,07%.

Com a queda de 2,08%, que entra em vigor nesta quarta (23), o preço da gasolina nas refinarias cai para R$ 2,0433. No caso do diesel, com a queda de 1,54%, após sete aumentos consecutivos, o produto passa a custar R$ 2,3351 nas refinarias. O diesel acumula desde o dia 1º de maio alta de 12,3%.

A diminuição das tarifas vem um dia depois de a companhia ter informado mais um aumento nas refinarias de todo o país nos valores do diesel, que subiu 0,97%, e nos da gasolina, com alta de 0,9%.

No mesmo dia, os caminhoneiros de todo o país iniciaram uma greve geral contra os aumentos do diesel, o que levou à paralisação dos transportes de carga e ao bloqueio de rodovias em vários estados.

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