PT não excluirá PMDB de alianças nos municípios

Giulia Mendes
gandrade@hojeemdia.com.br
20/05/2016 às 06:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:31
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

O presidente do PT, Rui Falcão, garantiu nessa quinta-feira (19), durante encontro do diretório estadual, em Belo Horizonte, que o partido não apoiará candidatos defensores do processo de impeachment de Dilma Rousseff. No entanto, não estão descartadas alianças com políticos do PMDB. Segundo ele, as possibilidades de coligação serão analisadas “caso a caso”.

“Não vamos apoiar qualquer aliança com aqueles que voltaram pelo impeachment ou se pronunciaram favoráveis. De qualquer partido. Se algum candidato do PMDB apoiou o golpe, por exemplo, não vamos apoiá-lo, mas tem muita gente nas cidades pequenas e médias que não se comprometeu com o impeachment com quem podemos construir programas juntos”, afirmou.

Falcão também falou para lideranças do partido em Minas que os municípios passarão por dificuldades caso o governo interino de Michel Temer continue, considerando as medidas e cortes feitos por ele já nos primeiros oito dias de Palácio do Planalto.

“Congelaram a construção de 11,5 mil moradias populares e anunciaram que o SUS não cabe no orçamento. Isso significa que vai piorar o sistema de saúde, pode comprometer o Mais Médicos. Além da desativação, em parte, do Ciência Sem Fronteiras, Fies, enfim, restrições que vão recair sobre parte da população que mais precisa da ação do Estado”.

Otimismo

O presidente da sigla se diz confiante com relação às eleições deste ano e espera um crescimento no número de prefeitos e vereadores eleitos em todo o país. Hoje são 618 prefeitos do PT com mandatos.

Para o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), a demonstração do que será um governo Temer e a solidariedade à Dilma cria um cenário favorável ao PT. “A insatisfação das pessoas na primeira semana de Temer e o apoio à Dilma percebido nas ruas já nos mostra um ambiente extremamente favorável para as eleições”, afirmou.

Rui Falcão disse ainda que está otimista quanto à situação da presidente afastada. “Creio que a presidente irá voltar com a ajuda da mobilização social e com uma conversa franca junto aos senadores. Sugerimos a ela, inclusive, que já comece a apresentar à população propostas para restabelecer o crescimento do país quando voltar”, disse.

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