Saltos: elegância e beleza que podem custar caro

Michelle Maia - Do Hoje em Dia
05/11/2012 às 07:04.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:52
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

Os sapatos, especialmente para as mulheres, são peças-chave na composição de visuais modernos e elegantes. Seja no trabalho ou no lazer, a opção da maioria é usar calçados bonitos, mas nem sempre com o conforto ideal para os pés.

Segundo especialistas, alguns problemas ortopédicos são causados exatamente pelo uso de sapatos inadequados. Joanetes, dores nos pés e na coluna, além de inchaços, calos e bolhas já são bem conhecidos.

Normalmente, os problemas nos pés são divididos em duas regiões. “No ante pé (parte da frente) são comuns aqueles resultantes de predisposição familiar, do uso de salto alto e de bico fino constantemente”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais Wilel Benevides.

As dores no osso do pé, chamado metatarso, acontecem pelo uso de sapatilhas, as famosas rasteirinhas, ou qualquer outro calçado que não tenha um bom sistema de absorção de impacto.

Aperto

Roberto Neves faz um tratamento rigoroso a cada 20 dias para amenizar as dores. “Tenho muitos calos e joanetes e preciso usar palmilha. Sempre calcei sapatos apertados, agora estou arcando com as consequências”.

Além disso, há problemas no calcanhar (retropé), conhecidos popularmente como esporão. “As manifestações mais comuns são a fasciíte plantar (dor na planta do pé), que piora com o uso de calçados baixos. O ideal é um salto de dois a três centímetros”, acrescenta Benevides.

Beleza e conforto

Aliar conforto e estética não é uma tarefa fácil. Para o podólogo Gleisson Eustáquio, a maioria dos problemas nos pés acontece por causa da escolha errada do calçado.

“O sapato feminino, normalmente, prima mais pela beleza e pelo design do que pelo lado funcional, de proteção”. Ele acrescenta que, com o passar do tempo, esses abusos podem fazer mal aos pés, aos joelhos e à coluna.

Mesmo sabendo disso, a vendedora Priscila Alves da Silva não abre mão dos saltos. “Levo sempre uma rasteirinha na bolsa porque não aguento muito tempo. Mas, na hora de ir embora, coloco o salto novamente. Elegância e beleza em primeiro lugar”, afirma.

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