(Dodge)
Não é segredo para ninguém que os italianos da Fiat compraram a maioria das ações do Grupo Chrysler de olho na marca Jeep e no potencial que seus utilitários-esportivos (SUV) teriam no mercado global depois de um banho de loja aos moldes europeus. A Dodge desde então viu seu portfólio se resumir a quatro produtos: Charger, Challenger, Durango e Journey, que estão no mercado há muitos anos. Nos planos da FCA, a marca será o selo de alto desempenho do grupo nos Estados Unidos e o Challenger é o garoto propaganda.
A linha 2019 do cupê acaba de ser lançada, com novidades em todas as versões, desde as mais simples, equipadas com motor V6. Mas o que importa é que a versão Hellcat ficou ainda mais zangada. Com o fim da versão Demon, desenvolvida para ser um carro preparado para quarto de milha de fábrica, a Dodge resolveu aplicar as soluções dele no Hellcat.
Assim, o “gato do inferno” passa a se chamar Hellcat Redeye e passa a ter motor V8 6.2, com imenso compressor de 2.7 litros, que faz com que a potência de 720 cv salte para 808 cv. São 42 cv a menos que o Demon, mas é muito mais que os concorrentes diretos: Mustang Shelby GT350 e Camaro ZL1 oferecem.
Ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos e atinge máxima de 326 km/h. São números de desempenho superiores a muitos superesportivos europeus, bem mais leves e aerodinâmicos que o “dojão”. Como todo bom <CF36>muscle car</CF> que se preze, a tração é traseira e a caixa é automática de nove marchas, por US$ 70 mil.
O desenho do Challenger segue o mesmo desde o lançamento, em 2008, com linhas inspiradas na primeira geração do cupê, de 1970. O que muda é o capô que recebeu duas entradas de ar para auxiliar o compressor e molduras que alargam os para-lamas. Brutal!