Santander e Bonsucesso avançam no consignado

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
27/04/2016 às 07:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:08
 (Reprodução)

(Reprodução)

Formada há um ano, a joint venture integrada por Santander e Banco Bonsucesso para operar o crédito consignado acaba de ganhar uma marca única. Agora chamado de Olé Consignados, o novo banco projeta conquistar 10% do mercado em cinco anos. Atualmente, a joint venture detém 1,8% de participação nacional no segmento.

A estrutura e metas do Olé Consignados foram apresentadas ontem à imprensa por seu presidente , Frederico Penido. “Ao unificarmos a marca, teremos mais autonomia para comercializar nossos produtos”, disse. 

De acordo com o executivo, a carteira do Olé está atualmente em R$ 5 bilhões, mais do que o dobro de quando foi iniciada, com R$ 2,4 bilhões. Hoje, 1,4 milhão de clientes utilizam os serviços do banco de consignados. “Atendemos exclusivamente a aposentados, pensionistas e funcionários públicos. O banco não trabalha com público privado”, diz Penido. 

Como os empréstimos são descontados em folha de pagamento, o perfil dos clientes faz com que a inadimplência seja pequena, mesmo com os atrasos de pagamentos registrados ultimamente em prefeituras e Estados. 

No caso do governo de Minas, por exemplo, quem recebe mais de R$ 3 mil teve o salário pago em até três vezes. “Todos os meses, 90 mil pessoas aposentam pelo INSS, que é nosso parceiro”, aponta.

Clientes

Penido comenta que dois perfis de clientes têm procurado a Olé Consignados com mais frequência no atual período da recessão: quem quer trocar dívidas mais caras por mais baratas, já que as taxas do consignado são normalmente mais baixa (2,2% ao mês em média), e aqueles que não tiveram um empréstimo aprovado por outras instituições e recorreram ao banco.

Dicas

O coordenador de Ciências Econômicas do Ibmec, Márcio Salvato, afirma que trocar dívidas caras por outras mais baixas é uma boa saída em tempos de desarranjo econômico. Um bom exemplo é o cartão de crédito, que tem juros acima dos 420% ao ano. “Vale a pena entrar no consignado para sair do cartão de crédito rotativo”, diz. 

No entanto, ele ressalta que o período não é harmônico para fazer empréstimos sem necessidade. “Se a pessoa quer reformar a casa ou trocar o carro e a ficha não foi aprovada em uma linha de crédito específica, que normalmente é mais barata do que o consignado, é melhor esperar. Não está na hora de arriscar”, alerta. 

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por