A solidariedade de doadores e voluntários torna a Casa de Apoio Beatriz Ferraz, do Hospital Mario Penna, um abrigo aconchegante, cheiroso e limpo. O local, que acolhe pacientes do interior que estão em tratamento de câncer em Belo Horizonte, faz os dias serem mais alegres e menos sofridos, para aqueles que lutam contra a doença.

Em meio a quimioterapias, consultas médicas, tratamentos e cirurgias, surgem sorrisos e esperança de melhora, quando acontecem eventos na casa, como os sons saídos do violão, filmes, histórias, festas, brincadeiras. Todas as quartas-feiras é realizado o bingo, e os prêmios são roupas doadas. Cada pedra cantada é uma comemoração. E tudo isso somente é possível com a ajuda de voluntários.

“Durante a semana, apareci aqui no horário de descanso deles e percebi o quanto é importante esses momentos de lazer”, afirma a voluntária Claudete Balbio. Ela garante que todos estavam com “carinha triste”, ao contrário dos dias de bingo, quando são contagiados pela distração.

Solidárias

Para o coordenador da casa de apoio, Hélio Martins de Paula, a doença deixa de ser um problema maior, quando há pessoas distraindo os enfermos. De acordo com ele, o sustento do lar vem de doações. “Não temos ajuda do governo. Tudo é fruto da solidariedade”.

Para quem trabalha lá, é notório o quanto as pessoas são mais solidárias no fim do ano. “É no Natal que recebemos mais doações. A partir de março começamos a sentir falta de produtos, roupas e mantimentos”, afirma Claudete, reforçando a necessidade de doar o ano inteiro.

Produtos de limpeza e higiene pessoal, fraldas, roupas, alimentos, dinheiro e tempo. São inúmeras as opções de doação e todas são bem recebidas a qualquer momento. Mas antes de doar, o coordenador orienta que as pessoas devem conhecer a instituição que pretende ajudar, para saber como a doação é importante para aquele que precisa.

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