Supermercados lucram com caminhoneiros

Luciana Sampaio Moreira
lsampaio@hojeemdia.com.br
09/07/2018 às 20:22.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:18
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A ameaça de desabastecimento de gêneros alimentícios durante a greve dos caminhoneiros, entre os dias 21 e 30 de maio, foi um excelente negócio para os supermercados de Minas Gerais. Em maio, as vendas aumentaram 5,44% em relação ao mesmo período de 2017. No comparativo com abril, o acréscimo foi de 2,32%. Nos cinco primeiros meses do ano, o crescimento foi de 2,63%, segundo dados do “Termômetro de Vendas”, pesquisa mensal realizada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis).

Segundo o superintendente da entidade, Antônio Claret Nametala, o resultado dos cinco primeiros meses de 2018 é positivo, mas foi recebido sem alarde devido às oscilações do mercado. Em abril, por exemplo, o setor registrou queda de 6,72%. 

“Em maio, os consumidores reforçaram as compras para se precaver contra a ameaça de desabastecimento. Os resultados de junho ainda não foram concluídos e dependemos deles para saber se o setor está, de fato, no caminho certo para alcançar a meta de 2,8% de crescimento, projetada para este ano”, enfatizou.

Com base nos resultados alcançados até o momento, esse percentual não deve ser revisto. “Geralmente, o segundo semestre é melhor que o primeiro e estamos aguardando os resultados de junho, mas existe a possibilidade de que os consumidores tenham comprado menos”, afirmou Claret.

Números regionais
A região do Estado que obteve o melhor resultado de vendas em maio, ante abril foi a Central, com percentual de crescimento de 2,97%. Em segundo lugar, ficaram Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Em terceiro, Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha, com 2,79%. A região que menos cresceu em abril foi a Sul, com 0,89% de incremento nas operações.

Até dezembro deste ano, o setor prevê investimento de R$ 440 milhões em 60 novas lojas e 80 projetos de reformas. As ampliações devem gerar 7 mil novos empregos, que correspondem a um aumento de 3,65% nas vagas de emprego, no comparativo com dezembro de 2017.
 

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