O suplente do vereador Wellington Magalhães (PTN), Dimas da Ambulância, do mesmo partido, tomou posse na tarde desta segunda-feira (6) como substituto do ex-presidente da Câmara, que se encontra afastado por determinação judicial.
Num primeiro momento, Dimas deve manter a mesma estrutura de gabinete de Magalhães, já que existe a possibilidade de que o ex-presidente seja reconduzido ao cargo em abril, quando se encerra o atual pedido de 60 dias de afastamento, iniciado em 3 de fevereiro.
"Vamos conversar com o partido e com o pessoal que ajudou a me eleger para termos a melhor definição do que será feito", disse.
Dimas afirmou também que não tem tido contato com Magalhães desde que ele foi afastado e, sem detalhar, afirmou que mantém com ele uma relação “razoável”. "Não tenho aquela convicção (sic) de estar sempre com ele, não", colocou.
Com a convocação do suplente, Magalhães perde, oficialmente, o direito a gabinete e carro oficial. No entanto, continua a receber o salário de cerca de R$ 16 mil. A decisão foi tomada pela Câmara seguindo a lei federal sobre de improbidade administrativa (8.429/1992), que afirma que o político só perde o cargo quando o caso judicial em que é investigado tiver transitado em julgado (não cabendo mais recurso). Nem a Lei Orgânica de Belo Horizonte nem o Regimento interno da Câmara Municipal tratam de afastamento parlamentar por decisão judicial.
O primeiro pedido de afastamento de Wellington se deu em dezembro. Ele é investigado pelo Ministério Público de Minas, que apura irregularidades em contratos durante a sua gestão à frente da Casa.
Frota completa
Além de Dimas da Ambulância, a Câmara de Belo Horizonte conta com os vereadores Bim da Ambulância (PSDB) e Eduardo da Ambulância (PTN), além de Hélio da Farmácia (PHS). "Agora, qualquer vereador pode infartar, porque ambulância é o que não vai faltar aqui", brincou o presidente da Câmara Henrique Braga (PSDB), após conversa com jornalistas na tarde desta segunda-feira.