Teste: Equinox é o melhor Chevrolet desde o Omega

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
16/02/2018 às 21:27.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:24
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

Não há dúvidas de que o Chevrolet Omega foi o melhor automóvel fabricado pela General Motors no Brasil até hoje. Desde a aposentadoria do carro, a GM tem apelado para modelos importados para ocupar o degrau de cima de sua gama. Estratégia que também é replicada por Ford e Volkswagen. E de uma série de modelos bacanas que vieram de fora como Malibu, Omega (australiano), Tracker e até o espalhafatoso Camaro, o utilitário-esportivo (SUV) Equinox é sem dúvida o produto mais equilibrado da marca, como o próprio nome sugere.

Em inglês, a alcunha corresponde a “equinócio” que, na astronomia, é o momento do ano em que dia e noite têm mesma duração, ao contrário do solstício de inverno e o de verão.

Deixando o balé dos astros celestes para lá, voltemos ao grandalhão da GM. O Equinox chegou ao mercado brasileiro no segundo semestre de 2017, poucos meses após o lançamento comercial nos Estados Unidos. 

Lá, o modelo é um “crossover” de porte quase compacto e que se qualificou para conter o levante sul-coreano no mercado norte-americano. Assim como aqui, modelos como Santa Fe e Sorento têm boa receptividade. Não como modelos de luxo, mas como familiares e acessíveis, na casa dos US$ 25 mil. Só o Hyundai vendeu quase 600 mil unidades do SUV nos últimos cinco anos, enquanto o Kia beirou 550 mil.

Tudo bem que o Equinox vende bem. No ano passado foram nada menos que 290 mil veículos. Mas, depois da invasão japonesa, nos anos 1980, ninguém em Detroit dorme mais no ponto.

Terra Brasilis 
Por aqui, a missão do Equinox é suceder o Captiva, que teve grande sucesso há uma década, mas sucumbiu à evolução dos SUVs intermediários, como o líder absoluto Jeep Compass. E como equilíbrio faz parte de sua essência, o Equinox consegue fazer o que o antecessor não foi capaz: oferecer espaço interno abundante sem necessariamente ser beberrão.

Pelo contrário, o Equinox é um automóvel bastante eficiente, com consumo na média de 7,8 km/l. Para um gigante de quase 1,7 mil quilos, é mais que satisfatório. 

Outra faceta do Equinox é seu pacote de conteúdo farto da versão Premier, que se iguala a modelos de segmento superiores. Só o preço que não é equilibrado: R$ 155,9 mil.


Raio-x Chevrolet Equinox premier 2.0

O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) médio, quatro portas e cinco lugares.

Onde é fabricado?
Na unidade de Aguascalientes, no México.

Quanto custa?
R$ 155.990

Com quem concorre?
Em sua versão topo de linha, o modelo concorre com Honda CR-V EXL 2.0 (R$ 148 mil), Jeep Compass Trailhawk 2.0 (R$ 165.990), Hyundai New Tucson GLS (R$ 156,4 mil), Mitsubishi Outlander V6 3.0 (R$ 159.730), Peugeot 3008 Griffe Pack 1.6 (R$ 154.990) e Toyota RAV4 Top 2.0 (R$ 139.990).

No dia a dia
É um carro grande, com 4,65 metros de comprimento, o que não faz dele a opção mais prática para se espremer no trânsito urbano. Por outro lado, o porte avantajado é atenuado por conteúdos como sensores traseiros e dianteiros, câmera de ré e até mesmo assistente de estacionamento que faz a baliza do grandalhão para o motorista. 

É desenhado para uso na cidade, mesmo com opção de tração integral, pois tem altura livre do solo baixa. Ele raspa facilmente em lombadas e saídas de garagem.

O espaço interno é amplo para todos que viajam no Equinox, até mesmo no banco do meio. O porta-malas tem 468 litros, bem menos que o irmão Cobalt. Mas muito se deve ao espaço destinado ao estepe (e olha que ele utiliza aquele pneu provisório de banda estreita).

Já os conteúdos impressionam. O Equinox Premier conta com áudio Bose, ar-condicionado eletrônico de duas zonas, com repetidor traseiro, banco do motorista com regulagem elétrica e duas posições de memória, multimídia com conexão para smartphone, teto solar panorâmico, revestimento dos bancos em couro, alerta de colisão com sinal luminoso projetado no para-brisas e uma desagradável vibração no assento. Isso mesmo: o banco treme.

Motor e Transmissão
A unidade 2.0 turbo de 262 cv 37 mkgf de torque é a mesma que equipa a versão de entrada do Camaro nos EUA e não aceita álcool. A unidade oferece bom comportamento, mas o torque só aparece mesmo com o motor cheio, acima do 4 mil rpm. Destaque para a transmissão de nove marchas que mantém o jipão sempre numa rotação econômica quando não é solicitado.<EM><QA0>

O automóvel conta com seletor de tração integral e assistente de decida de ladeira. É um tipo de recurso que deve ser acionado em situações onde se precisa de mais tração, como pisos escorregadios ou em descidas de ruas íngremes como as que existem nos bairros Gutierrez e Santo Antônio, em Belo Horizonte. 

Como bebe?
Seu consumo foi de 7,8 km/l no combinado entre trajeto urbano e rodoviário com gasolina.

Suspensão e freios
Utiliza suspensão independente e freios a discos nas quatro rodas. O modelo ainda conta com controles de estabilidade (ESP) e tração, assistentes de partida em rampa (Hill Holder) e descida em ladeira.

Pontos positivos
Pacote de conteúdos
Espaço interno
Consumo

Ponto negativo
Altura livre do solo muito baixa

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