Tucano mantém liderança em BH; brancos, nulos e indecisos podem mudar resultado do segundo turno

Da Redação
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23/09/2016 às 07:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:56
 (Editoria de Arte)

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João Leite (PSDB) lidera a corrida eleitoral para a Prefeitura de Belo Horizonte, segundo pesquisa DataFolha divulgada ontem. Conforme o levantamento, o tucano levará o primeiro turno com 33% das intenções de votos, enquanto Alexandre Kalil (PHS), o segundo colocado, terá 21% das intenções de voto. No segundo turno, o tucano vencerá com 48%, contra 31% do ex-presidente do Atlético. Mas a matemática indica que o cenário pode mudar.

O índice que representa os votos brancos e nulos caiu de 17% para 16% no segundo turno, desde a última pesquisa, divulgada em 9 de setembro, porém, continua forte suficiente para alterar o resultado na segunda etapa do pleito. Os indecisos também podem contribuir para mudar o rumo das eleições. Eles somam 5% na fase final. 

O DataFolha ouviu 864 pessoas. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de três pontos percentuais para baixo ou para cima, confirmando a possibilidade de uma reviravolta no segundo turno. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pela Folha de São Paulo.



Embora João Leite esteja na frente, ele e Kalil têm conquistado votos com a mesma velocidade. Desde a primeira pesquisa DataFolha, divulgada em 26 de agosto, ambos subiram sete pontos percentuais na intenção de votos. O tucano saiu de 26% e candidato pelo PHS de 14%. 

Se comparados os dados do último levantamento, divulgado em 9 de setembro, e o de ontem, João Leite subiu três pontos percentuais, saltando de 30% para 33%. Kalil passou de 19% para 21%. 

Em terceiro lugar, aparece Délio Malheiros (PSD), que saltou de 4% para 6%, seguido por Reginaldo Lopes (PT), que manteve os 4%, e Rodrigo Pacheco (PMDB), que tinha 2% e agora tem 3%. 



Três candidatos registraram queda nas intenções de votos desde a última pesquisa do DataFolha. Eros Biondini, que chegou a ter 6% do eleitorado no primeiro levantamento, e Marcelo Álvaro (PR) e Luís Tibé (PTdoB), que tinham 3% das intenções, e agora têm 2%. 

Sargento Rodrigues (PDT) manteve os 2%. As mulheres estão em último. Maria da Consolação (Psol) e Vanessa Portugal (PSTU), que alcançou 4% das intenções na primeira pesquisa, agora têm 1%.

Quando o assunto é rejeição, o polêmico ex-presidente do Atlético sai na frente. Dos eleitores ouvidos, 23% afirmam que não votariam nele. João Leite aparece em segundo, com 19% de rejeição. Vanessa Portugal vem em seguida, com 18%, e o petista Reginaldo Lopes com 17%.

Pulverização

O fato de a eleição ter sido muito pulverizada, com 11 candidatos, dividiu os votos, como era de se espe[/TEXTO]rar. Agora, nos bastidores é dito que um dos candidatos irá desistir da campanha para privilegiar outro, que estaria mais à frente. Os postulantes à Prefeitura da capital mineira negam deixar a disputa.

Candidatos defendem parcerias para tratar o lixo da capital

A ampliação da coleta seletiva em BH, que hoje é feita para apenas 15% da população, e a maior proximidade do Executivo com as cooperativas de papel e materiais recicláveis são pontos comuns nas propostas de candidatos à prefeitura.

Líder nas pesquisas de opinião, João Leite (PSDB) fala em dobrar o atendimento de coleta seletiva por meio de um modelo que agregue coleta mecanizada, feita com caminhões, parceria com cooperativas de catadores, e a expansão de 85 para 150 os Locais de Entrega Voluntária (LEVs).

Candidato apoiado pelo atual prefeito Marcio Lacerda, Délio Malheiros (PSD) defende a criação de mecanismos que ampliem a responsabilidade de grandes geradoras de resíduos na separação do material e a entrega dele às cooperativas de catadores.

Luís Tibé (PTdoB) quer expandir a coleta, nos próximos quatro anos em parceria com as associações de catadores e com a iniciativa privada.

Com relação aos resíduos, Eros Biondini (PROS) é mais ambicioso e defende a coleta seletiva para toda a Belo Horizonte, com a criação de estações de beneficiamento em aglomerados, onde seria priorizado o trabalho dos catadores hoje em atuação. 

Já Vanessa Portugal (PSTU) é bastante crítica e avalia que “as políticas de resíduos sólidos não existem no município”. Ela defende que a coleta seletiva seja feita em toda a capital.

Reginaldo Lopes (PT), por sua vez, defendeu, em entrevista ao Hoje em Dia publicada ontem, a criação de uma Parceria Público-Comunitária (PPC) para a contratação de cooperativas de catadores.

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